1) O Mormonismo ensina que não só a Bíblia, mas também o livro de Mórmon é a infalível Palavra de Deus.
"Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus até onde for traduzida corretamente: cremos que o livro de Mórmon também é a palavra de Deus" (Declaração de fé, artigo n° 8).
Na qualidade de cristãos cremos que as Sagradas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos são a Palavra de Deus verbalmente inspirada, sem erros no original, infalível e inspirada por Deus.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
afim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." 2Tim. 3,16-17
"sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação;
porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." 2Ped. 1,20-21
"Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra." Mat. 5,18.
2)O Mormonismo ensina que Deus é um homem glorificado e que tem um corpo físico.
"Deus mesmo já foi como nós somos agora e é um homem glorificado" (Doutrinas do falso profeta Joseph Smith, página 345).
"O Pai tem um corpo de carne e osso tão tangível quanto o dos homens." (Dot. e Cov, Seç. 131,22).
A Bíblia diz:
"Deus não é homem para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo Ele prometido, não o fará?" Núm. 23,19.
"Deus é Espírito; e importa que os que adoram O adorem em espírito e em verdade" Jo. 4,24
"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho" Luc. 24,39.
3) O Mormonismo ensina que Cristo e o Demônio são irmãos.
"Que Lúcifer, o filho da aurora, é nosso irmão mais velho e o irmão de Jesus Cristo" (Doutrina Mórmon por Bruce McConkie, pp. 163-164).
A Bíblia diz que o demônio é um ser criado por Deus.
"Perfeito eras (o demônio) nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti" Ez. 28,15.
"pois, nele, (Cristo) foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dEle e para Ele" Col. 1,16.
4) O Mormonismo ensina que Jesus Cristo era casado e polígamo.
"Cremos que o casamento em Caná da Galiléia foi o de Jesus Cristo" (Jornal de Discurso, Vol. 2, página 80).
O Mormonismo ensina que Jesus foi o filho natural de Adão e Maria.
"Quando a Virgem Maria concebeu o Menino Jesus, Ele não foi gerado pelo Espírito Santo. E quem é o seu pai? Ele é o primeiro na família humana" (Brigham Young, Jornal de Discursos, pp. 50-51).
A Bíblia diz:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" Jo. 1,1.14.
"E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondeu o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo" Luc. 1,34-35.
5) O Mormonismo ensina que a verdadeira igreja deixou de existir até que foi restaurada por Joseph Smith.
A igreja mórmon foi restaurada em 6 de abril de 1830 por Joseph Smith, (Dot. e Cov. 20,1).
Jesus Cristo disse:
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" Mat. 16,18.
6)O Mormonismo ensina outro evangelho (pervertido) e não aquele da Bíblia.
O evangelho do Mormonismo é:
"A fé, o arrependimento, o batismo, o recebimento do Espírito Santo pela imposição das mãos, a moralidade, a lealdade, o dízimo, a palavra da sabedoria, o dever, o casamento celestial (por toda a eternidade)" (Tratado dos mórmons sobre o livre arbítrio e declaração de fé, artigo n° 4).
A Bíblia diz:
"Também vos notifico, irmãos, o evangelho que vos tenho anunciado: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" 1Cor. 15,1-4.
"Assim, como já vo-lo dissemos, e agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema*" Gál. 1,9.
*Anátema: excomunhão, maldição, reprovação. Em termos bíblicos, "seja amaldiçoado"
7) O Mormonismo ensina a salvação dos mortos através do batismo por procuração.
Esta doutrina se baseia numa só passagem das Escrituras mal-interpretada:
"Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?" 1Cor. 15,29.
Paulo não praticava o batismo pelos mortos. Ele se excluiu usando o pronome "eles" e não "nós" ou "vós". Ele está fazendo uma pergunta e não uma declaração.
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" Heb. 9,27.
8) O Mormonismo ensina a investigação genealógica dos mortos.
"Vamos, portanto, na qualidade de igreja e povo, como Santos dos Últimos Dias, fazer ao Senhor uma oferta de justiça; vamos apresentar no Seu santo templo, quando terminado, um livro contendo o registro de nossos mortos, que será digno de toda aceitação" (Dot. e Cov, Seç. 128,24).
A Bíblia diz:
"Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis" 1Tim. 1,4.
"Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas" Tit. 3,9.
9) O Mormonismo ensina que existem profetas modernos e revelações divinas atualizadas.
O mormonismo reivindica que Joseph Smith recebeu o Sacerdócio Araônico de João Batista. O Sacerdócio de Melquisedeque e o Apostolado foram restaurados por Pedro, Tiago e João logo após em 1829. (Dot. e Cov, Seç. 13).
A Bíblia diz:
"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo" Heb. 1,1-2.
Em Deut. 18,20.22 há um excelente método bíblico para testar um profeta.
"Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.
E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou?
Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás"
10) O Mormonismo ensina que a salvação depende de boas obras e da aceitação de Joseph Smith.
"Nenhum homem que rejeita o testemunho de Joseph Smith pode entrar no reino de Deus" (Doutrinas da Salvação, vol. I, p. 190).
"Os homens tem uma obra a realizar para obter a salvação" (Doutrinas da Salvação, vol. III, p. 91).
A Bíblia ensina que a salvação é somente através de Jesus Cristo.
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" At. 4,12.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" Ef. 2,8-9.
Porque o Mormonismo é uma seita não-cristã? Porque ele adiciona a necessidade de obras para a salvação. Nega que Jesus é o criador incriado. Altera o ensino bíblico da expiação. Contradiz o ensino cristão do monoteísmo. Questiona a autoridade e veracidade da Bíblia.
Eu não nego que os Mórmons são boas pessoas, que eles adoram "um" deus, que eles compartilham palavras comuns com os cristãos, que eles ajudam o seu povo e que eles fazem muitas coisas boas.
No entanto, Jesus disse em Mt 7:21-23: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, eu lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." .
Tornar-se cristão não significa filiar-se a uma igreja, fazer coisas boas, ou simplesmente, acreditar em Deus.
Tornar-se um cristão significa que você confia no verdadeiro Deus para a sua salvação através do verdadeiro Jesus - não o irmão do diabo.
Minha fonte:
www.ichtus.com.br/publix/ichtus/ religioes/mormon/sudseita.html
domingo, 21 de março de 2010
É Cristão O Mormonismo?
Esta talvez pareça ser uma pergunta enigmática para muitos mórmons, bem como para alguns cristãos. Os mórmons dirão que eles incluem a Bíblia na lista dos quatro livros que reconhecem como Escrituras, que sua crença em Jesus Cristo é parte central de sua fé, e que isto é indicado pelo seu nome oficial, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Além disso, muitos cristãos têm escutado o Coral do Tabernáculo Mórmon cantar hinos cristãos, e ficam impressionados com a dedicação de muitos adeptos quanto às suas regras morais e sua forte estrutura familiar. Não seria, então, por isso, o mormonismo uma religião cristã?
Para responder a esta pergunta de maneira correta e imparcial, precisamos comparar cuidadosamente as doutrinas básicas da religião mórmon com as do cristianismo bíblico, histórico. Para representar a posição mórmon nós temos recorrido aos mais bem conhecidos escritos doutrinários do mormonismo, incluindo a edição de 1988 do livro Princípios do Evangelho, cujos direitos autorais estão em nome da Corporação do Presidente de a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Faremos esta comparação em dez áreas fundamentais de doutrina.
1. Há Mais de um Deus Verdadeiro?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que há um só Deus vivo e verdadeiro, e que além dEle não há outros deuses (Deuteronômio 6:4; Isaías 43:10, 11; 44:6, 8; 45:21, 22; 46:9; Marcos 12:29-34).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que há muitos deuses, e que os seres humanos podem vir a ser deuses e deusas no Reino Celestial. Eles ensinam ainda que aqueles que alcançam a divindade teriam o que eles chamam de "filhos espirituais" que adorariam e orariam a eles, assim como nós adoramos e oramos a Deus Pai (o Livro de Abraão, 4:1-5:21 en A Perola de Grande Valor; Princípios do Evangelho, pp. 9, 11, 290).
2. Deus Pai uma vez já foi Homen Como Nós?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Deus é espírito (João 4:24; 1 Timóteo 6:15, 16), que não é um homem (Números 23:19; Oséias 11:9; Romanos 1:22, 23) e que sempre (eternamente) existiu como Deus — onipotente, onipresente e onisciente (Salmo 90:2; 139:7-10; Apocalipse 19:6; Malaquias 3:6).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Deus Pai foi um homem como nós, que progrediu até tornar-se um Deus e, mesmo nessa condição, continua a possuir um corpo de carne e osso. ("O próprio Deus já foi como nós somos agora — ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes!" Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, compilado por Joseph Fielding Smith, pp. 336). Em Doutrina e Convênios (D&C) 130:22 é dito que "o Pai tem um corpo de carne e ossos, tangível, como o do homem"; também a citação famosa de Lorenzo Snow, "Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser" (Regras de Fé de James Talmage, p. 389). Para completar, o mormonismo ensina que Deus tem um pai, um avô, e assim sucessivamente (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 365).
3. Jesus e Satanás São Espíritos irmãos?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Jesus é o único e verdadeiro Filho de Deus; Ele tem sempre existido como Deus, e é co-eterno e co-igual com o Pai (João 1:1-14; 10:30; Colossenses 2:9). Ainda que nunca haja sido menos que Deus, no tempo indicado pôs de lado a glória que compartilhava com o Pai (João 17:4, 5; Filipenses 2:6-11) e foi feito "semelhante aos homens" para realizar a obra da nossa salvação. Sua encarnação (não confundir com "reencarnação") se fez realidade quando foi sobrenaturalmente concebido pelo Espírito Santo e nasceu de uma virgem, chamada Maria (Mateus 1:18-23; Lucas 1:34, 35), conforme havia sido predito pelos profetas no Antigo Testamento (Isaías 7:14; 9:6; Mateus 2:6; Miquéias 5:2).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Jesus Cristo é nosso irmão mais velho, e que progrediu até chegar a ser um deus, havendo primeiro sido gerado como um "filho espiritual" por meio do Pai e de uma mãe celestial, e depois concebido fisicamente pelo Pai e pela virgem Maria. A doutrina mórmon afirma que Jesus e Lúcifer são irmãos (Princípios do Evangelho, pp. 9, 15, 16, 54, 57).
4. E Deus uma Trindade?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo não são deuses separados, e sim Pessoas distintas de um só Deus Triúno. Em todo o Novo Testamento o Filho e o Espírito Santo, bem como o Pai são identificados separadamente como Deus, e agem como Deus (Filho: Marcos 2:5-12; João 20:28; Filipenses 2:10, 11; Espírito Santo: Atos 5:3, 4; 2 Coríntios 3: 17, 18; 13:14); mas, ao mesmo tempo, a Bíblia ensina que existe um só Deus, e que os três são manifestações distintas do mesmo e único Deus (veja novamente o ponto no 1).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses separados (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 361-362; Mormon Doctrine, pp. 576, 577).
5. O Pecado de Adão e Eva, Foi um Grande Mal o uma Grande Bênção?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a queda do homem foi um grande mal, e que através disso o pecado entrou no mundo, pondo todos os seres humanos debaixo da condenação e da morte. Assim, todos os seres humanos nascem com uma natureza pecaminosa, e serão julgados pelos pecados que cometem, individualmente (Ezequiel 18:1-20; Romanos 5:12-21).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que o pecado de Adão era "um passo necessário no plano da vida e uma grande bênção para toda a humanidade" (Princípios do Evangelho, p. 31; Doutrinas de Salvação, Vol. 1, pp. 114, 11; Livro de Mórmon, 2 Néfi 2:25).
6. Benefícia a morte expiatoria de Cristo aqueles que o rejeitam?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a obra redentora de Cristo é, antes de mais nada, a solução provida por Deus para o problema do pecado da humanidade. Por haver tomado os pecados pessoais de todos os homens — passado, presente e futuro — em Seu próprio corpo na cruz (1 Pedro 2:24), Cristo, como o prometido Cordeiro de Deus sem mancha, cumpriu totalmente as exigências da Justiça Divina, para que todos aqueles que pela fé O receberem possam ser perdoados, restaurados à comunhão com Deus e desfrutar de vida eterna com Ele para todo sempre (2 Coríntios 5:21; Apocalipse 21:1-4).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que a obra redentora de Cristo apenas garante o que ela chama de "salvação geral", que consiste no fato das pessoas serem ressuscitadas — acontecendo para todos, indiferente de terem aceito Jesus Cristo pela fé. Para eles, a obra redentora não é suficiente em si mesma para dar a vida eterna. Em vez disso, seria preciso acrescentar as nossas boas obras (Princípios do Evangelho, pp. 69, 291-292; Regras de Fé;, pp. 86, 88-89).
7. Podemos nos fazer dignos diate de Deus por nossos própios méritos?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que nós somos salvos do nosso pecado e morte espiritual pela provisão graciosa de Deus de perdão e vida eterna. Não podendo ser merecida nem conquistada pelas nossas obras (Efésios 2:8, 9). Os 10 Mandamentos nos foram dados para mostrar que somos incapazes e incompetentes para cumprir os desígnios da perfeita e santa Justiça de Deus por nossos próprios esforços, evidenciando nossa fraqueza e nos fazendo reconhecer que somos inteiramente dependentes dEle (Romanos 3:20; 5:20; 7:7, 8; Gálatas 3:19). Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a provisão graciosa do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29; Hebreus 9:11-14; 10:1-14). Não podemos contribuir praticamente em nada para a nossa salvação porque, sem Cristo, somos espiritualmente "mortos em nossos pecados" (Efésios 2:1, 5); um novo coração, o qual deseja obedecer às leis de Deus, é resultado concreto da salvação (entretanto, é correto que, sem evidências de mudança na conduta, o testemunho de fé em Cristo do indivíduo pode muito bem ser questionado; salvação pela graça somente através da fé não significa que nós podemos viver como "nos der na cabeça" — Romanos 6:1).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que todo homem receberá a salvação, referindo-se a ela como sendo nada mais que "uma conexão inseparável do corpo e do espírito, propiciada pela expiação e ressurreição do Salvador" (Princípios do Evangelho, p. 359). Mas, para obter a salvação "máxima", que eles chamam de exaltação e que significaria "morar na presença de Deus", a única possibilidade é se a pessoa perseverar "em fidelidade, guardando todos os mandamentos do Senhor até o fim de sua vida terrena" (Princípios do Evangelho, p. 292). As obras seriam requisitos para se poder "morar na presença de Deus" (Terceira Regra de Fé; Doutrinas de Salvação, Vol. 2, p. 5).
8. E a Bíblia a Unica e Definitiva Palavra de Deus?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a Bíblia é a única, final e infalível Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16; Hebreus 1:1, 2; 2 Pedro 1:21) e que ela permanecerá para sempre (1 Pedro 1:23-25). A preservação providencial, por parte de Deus, do texto bíblico tem sido maravilhosamente confirmada pela Arqueologia e pela História, a exemplo da descoberta dos Rolos do Mar Morto.
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que a Bíblia foi adulterada, tem perdido muitas de suas verdades e que não contém o Evangelho em toda a sua plenitude (Doutrinas de Salvação, Vol. 3, pp. 190, 191; Livro de Mórmon,1 Néfi 13:26-29; Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 12).
9. A igreja primitiva caiu em apostasy total?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a Igreja verdadeira foi divinamente estabelecida por Jesus e por isso nunca pôde, nem jamais poderá desaparecer da terra (Mateus 16:18; João 17:11; 1 Coríntios 3:11). Os cristãos genuínos admitem que têm havido tempos de corrupção e apostasia dentro da Igreja, mas crêem também que sempre tem existido, pela vontade de Deus, um remanescente de pessoas que guardam e propagam os princípios fundamentais da verdadeira doutrina de Cristo contida no Evangelho.
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que houve uma grande e total apostasia na igreja estabelecida por Jesus Cristo; este estado de apostasia "ainda prevalece, exceto para aqueles que se voltarem para um conhecimento do 'evangelho restaurado' pela Igreja Mórmon" (Mormon Doctrine, p. 44; Princípios do Evangelho, pp. 100-101; Doutrinas de Salvação, Vol. 3, pp. 269-275).
Conclusão:
Algumas religiões, como o mormonismo, pretendem passar-se por cristãs em suas crenças e práticas, mas dão mais autoridade a outros escritos do que à Bíblia, ensinam doutrinas que contradizem os ensinos bíblicos, e têm crenças completamente estranhas e contrárias aos ensinos de Jesus. A maioria destas seitas se tem originado nos últimos 200 anos (a Ciência Cristã, as Testemunhas de Jeová, os mórmons etc.), e estas, sim, representam uma evidente apostasia.
Os mórmons e os cristãos evangélicos têm em comum importantes termos bíblicos e preceitos éticos. Contudo, os pontos já mencionados são alguns exemplos das múltiplas diferenças fundamentais e inconciliáveis entre o cristianismo bíblico e o mormonismo. Embora tais diferenças não nos impeçam de termos amizade com mórmons, não podemos considerá-los irmãos em Cristo. A Bíblia nos adverte especificamente sobre falsos profetas que ensinariam "um outro evangelho", centrado em "um outro Jesus" e testemunhado por "um outro espírito" (2 Coríntios 11:4, 13-15; Gálatas 1:6-9). A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma que seu Livro de Mórmon é "um outro testamento de Jesus Cristo". Nós cremos que, na realidade, trata-se de um "testamento de um outro Jesus", e que o mormonismo não é cristão.
É dito que se alguém se diz mórmon (ou candidato a tal), mas não aceita todos os dogmas básicos do mormonismo, tais como:
Joseph Smith foi um profeta de Deus;
O Livro de Mórmon é verdadeiro e divinamente inspirado;
Deus já foi um homem que progrediu até a divindade através da obediência às leis e ordenanças da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias;
e a Igreja Mórmon foi divinamente estabelecida, então os demais mórmons rejeitariam sua reivindicação de ser um "santo dos últimos dias". Um indivíduo não pode se dizer mórmon se não crê cegamente nas estranhas doutrinas fundamentais que todos os mórmons crêem. Da mesma maneira, se os "santos dos últimos dias" não crêem nas verdades bíblicas essenciais defendidas por todos os cristãos genuínos, como podem esperar que sejam aceitos como irmãos em Cristo?
Os Mórmons acreditam que os "outros" cristãos são seguidores de doutrinas apóstatas. Por que, então, querem ser considerados parte do do corpo de Cristo? Há três possibilidades:
Para dar conforto e legitimidade a eles mesmos, pessoalmente, pelo fato de pertencerem a uma "religião legítima". Para reforçar a aparência de uma religião legítima, facilitando seu vasto proselitismo. Porque crêem que os mórmons são os únicos cristãos verdadeiros.
Se os mórmons se julgam os únicos cristãos verdadeiros, então não deveriam esforçar-se por passar-se como parte da Igreja Cristã. Em lugar disso, deveriam proclamar abertamente a todo mundo que os cristãos evangélicos são nada mais que apóstatas, e que os mórmons são os únicos e verdadeiros cristãos. Na realidade, isto é o que eles ensinam reservadamente (em particular), mas não abertamente.
Se os mórmons, especialmente sua liderança, têm consciência destas verdades, por que pretendem ser entendidos como parte integrante do que o mundo em geral considera como sendo a Igreja Cristã, quando sabem que não o são? A lógica leva-nos a concluir que sua motivação parece ser uma combinação das três possibilidades já mencionadas, especialmente a segunda, que é converter mais e mais pessoas à seita do mormonismo
www.irr.org/mit/portuguese/ismormchris-portuguese.html
Além disso, muitos cristãos têm escutado o Coral do Tabernáculo Mórmon cantar hinos cristãos, e ficam impressionados com a dedicação de muitos adeptos quanto às suas regras morais e sua forte estrutura familiar. Não seria, então, por isso, o mormonismo uma religião cristã?
Para responder a esta pergunta de maneira correta e imparcial, precisamos comparar cuidadosamente as doutrinas básicas da religião mórmon com as do cristianismo bíblico, histórico. Para representar a posição mórmon nós temos recorrido aos mais bem conhecidos escritos doutrinários do mormonismo, incluindo a edição de 1988 do livro Princípios do Evangelho, cujos direitos autorais estão em nome da Corporação do Presidente de a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Faremos esta comparação em dez áreas fundamentais de doutrina.
1. Há Mais de um Deus Verdadeiro?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que há um só Deus vivo e verdadeiro, e que além dEle não há outros deuses (Deuteronômio 6:4; Isaías 43:10, 11; 44:6, 8; 45:21, 22; 46:9; Marcos 12:29-34).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que há muitos deuses, e que os seres humanos podem vir a ser deuses e deusas no Reino Celestial. Eles ensinam ainda que aqueles que alcançam a divindade teriam o que eles chamam de "filhos espirituais" que adorariam e orariam a eles, assim como nós adoramos e oramos a Deus Pai (o Livro de Abraão, 4:1-5:21 en A Perola de Grande Valor; Princípios do Evangelho, pp. 9, 11, 290).
2. Deus Pai uma vez já foi Homen Como Nós?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Deus é espírito (João 4:24; 1 Timóteo 6:15, 16), que não é um homem (Números 23:19; Oséias 11:9; Romanos 1:22, 23) e que sempre (eternamente) existiu como Deus — onipotente, onipresente e onisciente (Salmo 90:2; 139:7-10; Apocalipse 19:6; Malaquias 3:6).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Deus Pai foi um homem como nós, que progrediu até tornar-se um Deus e, mesmo nessa condição, continua a possuir um corpo de carne e osso. ("O próprio Deus já foi como nós somos agora — ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes!" Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, compilado por Joseph Fielding Smith, pp. 336). Em Doutrina e Convênios (D&C) 130:22 é dito que "o Pai tem um corpo de carne e ossos, tangível, como o do homem"; também a citação famosa de Lorenzo Snow, "Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser" (Regras de Fé de James Talmage, p. 389). Para completar, o mormonismo ensina que Deus tem um pai, um avô, e assim sucessivamente (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 365).
3. Jesus e Satanás São Espíritos irmãos?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Jesus é o único e verdadeiro Filho de Deus; Ele tem sempre existido como Deus, e é co-eterno e co-igual com o Pai (João 1:1-14; 10:30; Colossenses 2:9). Ainda que nunca haja sido menos que Deus, no tempo indicado pôs de lado a glória que compartilhava com o Pai (João 17:4, 5; Filipenses 2:6-11) e foi feito "semelhante aos homens" para realizar a obra da nossa salvação. Sua encarnação (não confundir com "reencarnação") se fez realidade quando foi sobrenaturalmente concebido pelo Espírito Santo e nasceu de uma virgem, chamada Maria (Mateus 1:18-23; Lucas 1:34, 35), conforme havia sido predito pelos profetas no Antigo Testamento (Isaías 7:14; 9:6; Mateus 2:6; Miquéias 5:2).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Jesus Cristo é nosso irmão mais velho, e que progrediu até chegar a ser um deus, havendo primeiro sido gerado como um "filho espiritual" por meio do Pai e de uma mãe celestial, e depois concebido fisicamente pelo Pai e pela virgem Maria. A doutrina mórmon afirma que Jesus e Lúcifer são irmãos (Princípios do Evangelho, pp. 9, 15, 16, 54, 57).
4. E Deus uma Trindade?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo não são deuses separados, e sim Pessoas distintas de um só Deus Triúno. Em todo o Novo Testamento o Filho e o Espírito Santo, bem como o Pai são identificados separadamente como Deus, e agem como Deus (Filho: Marcos 2:5-12; João 20:28; Filipenses 2:10, 11; Espírito Santo: Atos 5:3, 4; 2 Coríntios 3: 17, 18; 13:14); mas, ao mesmo tempo, a Bíblia ensina que existe um só Deus, e que os três são manifestações distintas do mesmo e único Deus (veja novamente o ponto no 1).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses separados (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 361-362; Mormon Doctrine, pp. 576, 577).
5. O Pecado de Adão e Eva, Foi um Grande Mal o uma Grande Bênção?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a queda do homem foi um grande mal, e que através disso o pecado entrou no mundo, pondo todos os seres humanos debaixo da condenação e da morte. Assim, todos os seres humanos nascem com uma natureza pecaminosa, e serão julgados pelos pecados que cometem, individualmente (Ezequiel 18:1-20; Romanos 5:12-21).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que o pecado de Adão era "um passo necessário no plano da vida e uma grande bênção para toda a humanidade" (Princípios do Evangelho, p. 31; Doutrinas de Salvação, Vol. 1, pp. 114, 11; Livro de Mórmon, 2 Néfi 2:25).
6. Benefícia a morte expiatoria de Cristo aqueles que o rejeitam?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a obra redentora de Cristo é, antes de mais nada, a solução provida por Deus para o problema do pecado da humanidade. Por haver tomado os pecados pessoais de todos os homens — passado, presente e futuro — em Seu próprio corpo na cruz (1 Pedro 2:24), Cristo, como o prometido Cordeiro de Deus sem mancha, cumpriu totalmente as exigências da Justiça Divina, para que todos aqueles que pela fé O receberem possam ser perdoados, restaurados à comunhão com Deus e desfrutar de vida eterna com Ele para todo sempre (2 Coríntios 5:21; Apocalipse 21:1-4).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que a obra redentora de Cristo apenas garante o que ela chama de "salvação geral", que consiste no fato das pessoas serem ressuscitadas — acontecendo para todos, indiferente de terem aceito Jesus Cristo pela fé. Para eles, a obra redentora não é suficiente em si mesma para dar a vida eterna. Em vez disso, seria preciso acrescentar as nossas boas obras (Princípios do Evangelho, pp. 69, 291-292; Regras de Fé;, pp. 86, 88-89).
7. Podemos nos fazer dignos diate de Deus por nossos própios méritos?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que nós somos salvos do nosso pecado e morte espiritual pela provisão graciosa de Deus de perdão e vida eterna. Não podendo ser merecida nem conquistada pelas nossas obras (Efésios 2:8, 9). Os 10 Mandamentos nos foram dados para mostrar que somos incapazes e incompetentes para cumprir os desígnios da perfeita e santa Justiça de Deus por nossos próprios esforços, evidenciando nossa fraqueza e nos fazendo reconhecer que somos inteiramente dependentes dEle (Romanos 3:20; 5:20; 7:7, 8; Gálatas 3:19). Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a provisão graciosa do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29; Hebreus 9:11-14; 10:1-14). Não podemos contribuir praticamente em nada para a nossa salvação porque, sem Cristo, somos espiritualmente "mortos em nossos pecados" (Efésios 2:1, 5); um novo coração, o qual deseja obedecer às leis de Deus, é resultado concreto da salvação (entretanto, é correto que, sem evidências de mudança na conduta, o testemunho de fé em Cristo do indivíduo pode muito bem ser questionado; salvação pela graça somente através da fé não significa que nós podemos viver como "nos der na cabeça" — Romanos 6:1).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que todo homem receberá a salvação, referindo-se a ela como sendo nada mais que "uma conexão inseparável do corpo e do espírito, propiciada pela expiação e ressurreição do Salvador" (Princípios do Evangelho, p. 359). Mas, para obter a salvação "máxima", que eles chamam de exaltação e que significaria "morar na presença de Deus", a única possibilidade é se a pessoa perseverar "em fidelidade, guardando todos os mandamentos do Senhor até o fim de sua vida terrena" (Princípios do Evangelho, p. 292). As obras seriam requisitos para se poder "morar na presença de Deus" (Terceira Regra de Fé; Doutrinas de Salvação, Vol. 2, p. 5).
8. E a Bíblia a Unica e Definitiva Palavra de Deus?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a Bíblia é a única, final e infalível Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16; Hebreus 1:1, 2; 2 Pedro 1:21) e que ela permanecerá para sempre (1 Pedro 1:23-25). A preservação providencial, por parte de Deus, do texto bíblico tem sido maravilhosamente confirmada pela Arqueologia e pela História, a exemplo da descoberta dos Rolos do Mar Morto.
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que a Bíblia foi adulterada, tem perdido muitas de suas verdades e que não contém o Evangelho em toda a sua plenitude (Doutrinas de Salvação, Vol. 3, pp. 190, 191; Livro de Mórmon,1 Néfi 13:26-29; Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 12).
9. A igreja primitiva caiu em apostasy total?
A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a Igreja verdadeira foi divinamente estabelecida por Jesus e por isso nunca pôde, nem jamais poderá desaparecer da terra (Mateus 16:18; João 17:11; 1 Coríntios 3:11). Os cristãos genuínos admitem que têm havido tempos de corrupção e apostasia dentro da Igreja, mas crêem também que sempre tem existido, pela vontade de Deus, um remanescente de pessoas que guardam e propagam os princípios fundamentais da verdadeira doutrina de Cristo contida no Evangelho.
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que houve uma grande e total apostasia na igreja estabelecida por Jesus Cristo; este estado de apostasia "ainda prevalece, exceto para aqueles que se voltarem para um conhecimento do 'evangelho restaurado' pela Igreja Mórmon" (Mormon Doctrine, p. 44; Princípios do Evangelho, pp. 100-101; Doutrinas de Salvação, Vol. 3, pp. 269-275).
Conclusão:
Algumas religiões, como o mormonismo, pretendem passar-se por cristãs em suas crenças e práticas, mas dão mais autoridade a outros escritos do que à Bíblia, ensinam doutrinas que contradizem os ensinos bíblicos, e têm crenças completamente estranhas e contrárias aos ensinos de Jesus. A maioria destas seitas se tem originado nos últimos 200 anos (a Ciência Cristã, as Testemunhas de Jeová, os mórmons etc.), e estas, sim, representam uma evidente apostasia.
Os mórmons e os cristãos evangélicos têm em comum importantes termos bíblicos e preceitos éticos. Contudo, os pontos já mencionados são alguns exemplos das múltiplas diferenças fundamentais e inconciliáveis entre o cristianismo bíblico e o mormonismo. Embora tais diferenças não nos impeçam de termos amizade com mórmons, não podemos considerá-los irmãos em Cristo. A Bíblia nos adverte especificamente sobre falsos profetas que ensinariam "um outro evangelho", centrado em "um outro Jesus" e testemunhado por "um outro espírito" (2 Coríntios 11:4, 13-15; Gálatas 1:6-9). A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma que seu Livro de Mórmon é "um outro testamento de Jesus Cristo". Nós cremos que, na realidade, trata-se de um "testamento de um outro Jesus", e que o mormonismo não é cristão.
É dito que se alguém se diz mórmon (ou candidato a tal), mas não aceita todos os dogmas básicos do mormonismo, tais como:
Joseph Smith foi um profeta de Deus;
O Livro de Mórmon é verdadeiro e divinamente inspirado;
Deus já foi um homem que progrediu até a divindade através da obediência às leis e ordenanças da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias;
e a Igreja Mórmon foi divinamente estabelecida, então os demais mórmons rejeitariam sua reivindicação de ser um "santo dos últimos dias". Um indivíduo não pode se dizer mórmon se não crê cegamente nas estranhas doutrinas fundamentais que todos os mórmons crêem. Da mesma maneira, se os "santos dos últimos dias" não crêem nas verdades bíblicas essenciais defendidas por todos os cristãos genuínos, como podem esperar que sejam aceitos como irmãos em Cristo?
Os Mórmons acreditam que os "outros" cristãos são seguidores de doutrinas apóstatas. Por que, então, querem ser considerados parte do do corpo de Cristo? Há três possibilidades:
Para dar conforto e legitimidade a eles mesmos, pessoalmente, pelo fato de pertencerem a uma "religião legítima". Para reforçar a aparência de uma religião legítima, facilitando seu vasto proselitismo. Porque crêem que os mórmons são os únicos cristãos verdadeiros.
Se os mórmons se julgam os únicos cristãos verdadeiros, então não deveriam esforçar-se por passar-se como parte da Igreja Cristã. Em lugar disso, deveriam proclamar abertamente a todo mundo que os cristãos evangélicos são nada mais que apóstatas, e que os mórmons são os únicos e verdadeiros cristãos. Na realidade, isto é o que eles ensinam reservadamente (em particular), mas não abertamente.
Se os mórmons, especialmente sua liderança, têm consciência destas verdades, por que pretendem ser entendidos como parte integrante do que o mundo em geral considera como sendo a Igreja Cristã, quando sabem que não o são? A lógica leva-nos a concluir que sua motivação parece ser uma combinação das três possibilidades já mencionadas, especialmente a segunda, que é converter mais e mais pessoas à seita do mormonismo
www.irr.org/mit/portuguese/ismormchris-portuguese.html
Estudo Sobre Maria - 4º Parte - Final
A Linhagem Filial de Maria
Quanto à linhagem de nascimento de Maria, a Bíblia não esclarece diretamente, mas faz menção à sua parentela nos dois eventos principais da vinda de Jesus:
1º) A primeira relação de parentesco com Maria, mencionada na Bíblia, foi citada pelo anjo Gabriel quando da anunciação (Lc 1.36), e diz respeito a Isabel, mãe de João Batista, sendo que alguns tradutores a chamam de "prima" de Maria, e outros de "parente", sem mencionar a que grau.
Esta declaração nos leva a compreender que nas veias de Maria, também corria sangue levita, uma vez que Isabel, sua parente, era descendente de Arão (Lc 1.5), e também casada com um sacerdote dos filhos de Arão (Lc 1.8,9; compare com Nm 16.40).
Tal entendimento fica corroborado, no fato de Maria haver permanecido quase três meses na casa de Isabel (Lc 1.39,40,56). Isto significa que realmente havia um parentesco bem próximo entre ambas, e pela linhagem levita, uma vez que o pão servido nas casas dos sacerdotes era produto dos dízimos (Nm 18.23,24,31), e segundo a Lei, só os membros da sua família poderiam comer dele. Nenhum estranho poderia (Lv 22.10,11,13).
Os filhos de Arão pertenciam à tribo de Levi pela descendência paterna, mas também tinham o sangue de Judá em suas veias, por parte de Eliseba, esposa de Arão (Ex 6.23). Ela pertencia à tribo de Judá, pois era filha de Aminadabe e irmã de Naassom, o Príncipe dos filhos de Judá (Ex 6.23; compare com Nm 1.7; 2.3; 1 Cr 2.l0,ll), o qual deu início à Genealogia da família real Davídica (Rt 4.19-22).
Vemos nisto a providência do Altíssimo que no seu zelo e infinita sabedoria, unificou os sangues das duas famílias que Ele separou para servi-lo, pois sobre Arão repousava a primazia do sacerdócio (Ex 40.15; 25.13;Nm 3.10; Nm 16.40), e sobre Davi a primazia do reino político (Sl 78.70-72; Jr 33.25,26).
Desta maneira, tendo Maria laços de sangue com os filhos de Arão, tinha consequentemente laços de sangue também com os filhos de Judá, em razão da herança deixada por Eliseba, esposa de Arão. E assim, o fruto do seu ventre já trazia na sua carne o direito natural de herança sobre o sacerdócio e sobre o reino Davídico.
2º) A segunda relação de parentesco com Maria, mencionada na Bíblia, é narrada por João no relato sobre a crucificação: Jo 19.25 - "E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria de Cleofas, e Maria Madalena".
O versículo acima, por si só, tem trazido uma certa dificuldade de interpretação, devido à própria construção da frase, que deixa dúvida se a irmã de Maria seria Maria de Cleofas, ou se seria uma outra pessoa cujo nome não está mencionado no texto.
Por isto fizemos um estudo comparativo junto aos Evangelhos, na tentativa de identificarmos as mulheres que realmente estavam junto à cruz:
Mateus e Marcos citam o nome de três:
Segundo Mateus, estiveram presentes à crucificação: Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago e de José; e a mãe dos filho de Zebedeu (Mt 27.56).
Marcos citou: Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José; e Salomé (Mc 15.40).
Fazendo um paralelo entre as duas narrativas, e considerando que se tratavam das mesmas pessoas, podemos identificá-las da seguinte forma:
Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José; e Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu.
Temos então duas Marias, e Salomé. E Mateus deixa claro o entendimento de que, dentre as pessoas ligadas ao Senhor, haviam apenas duas mulheres com o nome de Maria, que estiveram presentes na crucificação, e como testemunhas da ressurreição (Mt 27.56, 61 e 28.l).
No relato de João, conforme já vimos (Jo 19.25), consta a mãe de Jesus, além de duas Marias, e mais uma irmã da mãe de Jesus. Portanto, aqui também temos duas Marias (além da mãe de Jesus, cujo nome não aparece), sendo que uma delas é Maria Madalena, que é citada nos três Evangelhos.
Infere-se daí que a outra Maria é a mãe de Tiago o menor, e de José, segundo Mateus e Marcos, a qual , no Evangelho de João é chamada de Maria de Cleofas.
Como entre os apóstolos existem dois Tiagos, sendo um deles, irmão de João e filho de Zebedeu, e o outro, filho de Alfeu, e como no paralelo feito entre Mateus e Marcos, Tiago o menor, não é o filho de Zebedeu, podemos deduzir que ele seria o filho de Alfeu.
Temos daí que, Maria, mãe de Tiago o menor, e de José, é a esposa de Alfeu, que no Evangelho segundo João, recebe o nome de Maria de Cleofas, razão porque alguns eruditos imaginam que os nomes Alfeu e Cleofas, são apelativos do mesmo nome, ou seja, são a mesma pessoa; enquanto outros imaginam que Cleofas seria o sogro de Alfeu, isto é, o pai de Maria, mãe de Tiago o menor e de José.
De uma forma ou de outra, o que importa é que já podemos identificar as duas Marias citadas em João: uma é Maria Madalena, e a outra é Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, esposa de Alfeu ou Cleofas.
Assim sendo, das quatro mulheres que se encontravam próximas à cruz, uma era a mãe de Jesus, outra era Maria Madalena , e outra, Maria de Cleofas. Resta apenas identificarmos aquela citada por João, como sendo a irmã da mãe de Jesus. Alguns eruditos entendem que João menciona apenas três mulheres, pois acham que a irmã da mãe de Jesus e Maria de Cleofas, sejam a mesma pessoa. Entretanto, como Mateus e Marcos citam três mulheres, não há razão para não crermos que as três se juntaram à mãe de Jesus e tenham se aproximado da cruz juntamente com João.
Desta maneira, considerando que as três mulheres mencionadas por João, são as mesmas citadas por Mateus e por Marcos, podemos afirmar que a irmã da mãe de Jesus era Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu (Tiago e João).
Desta forma, podemos afirmar ainda, que João e Tiago eram primos de Jesus. E deve ter sido exatamente por causa do vínculo familiar, que a mãe deles achou-se no direito de pedir a Jesus que os seus filhos se sentassem um à direita e outro à esquerda do seu trono, no reino (Mt 20.20-28; Mc 10.32-45). E deve ter sido também , pela mesma razão do parentesco que Jesus entregou a João a responsabilidade de cuidar de Maria, após a sua morte, uma vez que os irmãos de Jesus ainda não criam nele (Jo 7.5), muito embora, após a sua ressurreição passaram a crer e se integraram na obra (At 1.14).
É interessante observar que João é o único evangelista que cita a audiência de Jesus com Anás, antigo sumo sacerdote, e menciona um discípulo que não diz o nome, o qual era conhecido do sumo sacerdote e por isto teve acesso à sua sala, durante o interrogatório (Jo 18.13-15).
Quem era aquele discípulo, e de onde o conhecimento com o sumo sacerdote?
Pela riqueza de detalhes com que João narra os acontecimentos ocorridos dentro da sala (Jo 18.19-24), e considerando que nenhum outro evangelista narra esse episódio, só podemos imaginar que o discípulo em questão era o próprio João.
E uma vez que entendemos ser ele primo de Jesus, e que a mãe de Jesus era parente de Isabel que por sua vez pertencia à família sacerdotal, podemos imaginar que ele também tivesse algum parentesco com o sumo sacerdote, apesar de ser um simples pescador da Galiléia.
v Portanto, tudo vem fortalecer o entendimento de que Maria e sua parentela, tinham sangue levita, e nesta hipótese, também tinham sangue judeu, em virtude do casamento de Arão com a judia Eliseba.
Entretanto, este é um lado da herança de sangue de Maria. Não sabemos se do lado paterno ou materno. Mas o que sabemos é suficiente para entendermos que Jesus tinha sangue judeu da parte de Maria, e era legalmente judeu da parte de José, cumprindo assim as profecias de que o Messias viria da tribo de Judá. Mas ao mesmo tempo, a herança genética de Arão dava-lhe o direito perante o Altíssimo, em virtude do rigor da sua palavra, de ser o nosso Sumo Sacerdote.
Contudo, tudo isto vinha apenas preencher as formalidades humanas, porque Jesus era superior a tudo, porquanto era o Filho de Deus, eterno, anterior a Maria (Jo 3.13; Hb 7.3); anterior a Davi (At 2.34,35); anterior a Abraão (Jo 8.58). E é por isto que o autor da Epístola aos Hebreus pôde dizer:
Hb 6.17 -"Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento;" .18 - "Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que minta, tenhamos a firma consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;"
.19 - "A qual temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu,"
.20 - "Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque"
Hb 7.l -"Porque este Melquisedeque, que era rei de Salem, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou;"
.2 - "À quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salem, que é rei de paz;"
.3 - "Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre."
Minha Fonte: www.adcandel.com.br
Quanto à linhagem de nascimento de Maria, a Bíblia não esclarece diretamente, mas faz menção à sua parentela nos dois eventos principais da vinda de Jesus:
1º) A primeira relação de parentesco com Maria, mencionada na Bíblia, foi citada pelo anjo Gabriel quando da anunciação (Lc 1.36), e diz respeito a Isabel, mãe de João Batista, sendo que alguns tradutores a chamam de "prima" de Maria, e outros de "parente", sem mencionar a que grau.
Esta declaração nos leva a compreender que nas veias de Maria, também corria sangue levita, uma vez que Isabel, sua parente, era descendente de Arão (Lc 1.5), e também casada com um sacerdote dos filhos de Arão (Lc 1.8,9; compare com Nm 16.40).
Tal entendimento fica corroborado, no fato de Maria haver permanecido quase três meses na casa de Isabel (Lc 1.39,40,56). Isto significa que realmente havia um parentesco bem próximo entre ambas, e pela linhagem levita, uma vez que o pão servido nas casas dos sacerdotes era produto dos dízimos (Nm 18.23,24,31), e segundo a Lei, só os membros da sua família poderiam comer dele. Nenhum estranho poderia (Lv 22.10,11,13).
Os filhos de Arão pertenciam à tribo de Levi pela descendência paterna, mas também tinham o sangue de Judá em suas veias, por parte de Eliseba, esposa de Arão (Ex 6.23). Ela pertencia à tribo de Judá, pois era filha de Aminadabe e irmã de Naassom, o Príncipe dos filhos de Judá (Ex 6.23; compare com Nm 1.7; 2.3; 1 Cr 2.l0,ll), o qual deu início à Genealogia da família real Davídica (Rt 4.19-22).
Vemos nisto a providência do Altíssimo que no seu zelo e infinita sabedoria, unificou os sangues das duas famílias que Ele separou para servi-lo, pois sobre Arão repousava a primazia do sacerdócio (Ex 40.15; 25.13;Nm 3.10; Nm 16.40), e sobre Davi a primazia do reino político (Sl 78.70-72; Jr 33.25,26).
Desta maneira, tendo Maria laços de sangue com os filhos de Arão, tinha consequentemente laços de sangue também com os filhos de Judá, em razão da herança deixada por Eliseba, esposa de Arão. E assim, o fruto do seu ventre já trazia na sua carne o direito natural de herança sobre o sacerdócio e sobre o reino Davídico.
2º) A segunda relação de parentesco com Maria, mencionada na Bíblia, é narrada por João no relato sobre a crucificação: Jo 19.25 - "E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria de Cleofas, e Maria Madalena".
O versículo acima, por si só, tem trazido uma certa dificuldade de interpretação, devido à própria construção da frase, que deixa dúvida se a irmã de Maria seria Maria de Cleofas, ou se seria uma outra pessoa cujo nome não está mencionado no texto.
Por isto fizemos um estudo comparativo junto aos Evangelhos, na tentativa de identificarmos as mulheres que realmente estavam junto à cruz:
Mateus e Marcos citam o nome de três:
Segundo Mateus, estiveram presentes à crucificação: Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago e de José; e a mãe dos filho de Zebedeu (Mt 27.56).
Marcos citou: Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José; e Salomé (Mc 15.40).
Fazendo um paralelo entre as duas narrativas, e considerando que se tratavam das mesmas pessoas, podemos identificá-las da seguinte forma:
Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José; e Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu.
Temos então duas Marias, e Salomé. E Mateus deixa claro o entendimento de que, dentre as pessoas ligadas ao Senhor, haviam apenas duas mulheres com o nome de Maria, que estiveram presentes na crucificação, e como testemunhas da ressurreição (Mt 27.56, 61 e 28.l).
No relato de João, conforme já vimos (Jo 19.25), consta a mãe de Jesus, além de duas Marias, e mais uma irmã da mãe de Jesus. Portanto, aqui também temos duas Marias (além da mãe de Jesus, cujo nome não aparece), sendo que uma delas é Maria Madalena, que é citada nos três Evangelhos.
Infere-se daí que a outra Maria é a mãe de Tiago o menor, e de José, segundo Mateus e Marcos, a qual , no Evangelho de João é chamada de Maria de Cleofas.
Como entre os apóstolos existem dois Tiagos, sendo um deles, irmão de João e filho de Zebedeu, e o outro, filho de Alfeu, e como no paralelo feito entre Mateus e Marcos, Tiago o menor, não é o filho de Zebedeu, podemos deduzir que ele seria o filho de Alfeu.
Temos daí que, Maria, mãe de Tiago o menor, e de José, é a esposa de Alfeu, que no Evangelho segundo João, recebe o nome de Maria de Cleofas, razão porque alguns eruditos imaginam que os nomes Alfeu e Cleofas, são apelativos do mesmo nome, ou seja, são a mesma pessoa; enquanto outros imaginam que Cleofas seria o sogro de Alfeu, isto é, o pai de Maria, mãe de Tiago o menor e de José.
De uma forma ou de outra, o que importa é que já podemos identificar as duas Marias citadas em João: uma é Maria Madalena, e a outra é Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, esposa de Alfeu ou Cleofas.
Assim sendo, das quatro mulheres que se encontravam próximas à cruz, uma era a mãe de Jesus, outra era Maria Madalena , e outra, Maria de Cleofas. Resta apenas identificarmos aquela citada por João, como sendo a irmã da mãe de Jesus. Alguns eruditos entendem que João menciona apenas três mulheres, pois acham que a irmã da mãe de Jesus e Maria de Cleofas, sejam a mesma pessoa. Entretanto, como Mateus e Marcos citam três mulheres, não há razão para não crermos que as três se juntaram à mãe de Jesus e tenham se aproximado da cruz juntamente com João.
Desta maneira, considerando que as três mulheres mencionadas por João, são as mesmas citadas por Mateus e por Marcos, podemos afirmar que a irmã da mãe de Jesus era Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu (Tiago e João).
Desta forma, podemos afirmar ainda, que João e Tiago eram primos de Jesus. E deve ter sido exatamente por causa do vínculo familiar, que a mãe deles achou-se no direito de pedir a Jesus que os seus filhos se sentassem um à direita e outro à esquerda do seu trono, no reino (Mt 20.20-28; Mc 10.32-45). E deve ter sido também , pela mesma razão do parentesco que Jesus entregou a João a responsabilidade de cuidar de Maria, após a sua morte, uma vez que os irmãos de Jesus ainda não criam nele (Jo 7.5), muito embora, após a sua ressurreição passaram a crer e se integraram na obra (At 1.14).
É interessante observar que João é o único evangelista que cita a audiência de Jesus com Anás, antigo sumo sacerdote, e menciona um discípulo que não diz o nome, o qual era conhecido do sumo sacerdote e por isto teve acesso à sua sala, durante o interrogatório (Jo 18.13-15).
Quem era aquele discípulo, e de onde o conhecimento com o sumo sacerdote?
Pela riqueza de detalhes com que João narra os acontecimentos ocorridos dentro da sala (Jo 18.19-24), e considerando que nenhum outro evangelista narra esse episódio, só podemos imaginar que o discípulo em questão era o próprio João.
E uma vez que entendemos ser ele primo de Jesus, e que a mãe de Jesus era parente de Isabel que por sua vez pertencia à família sacerdotal, podemos imaginar que ele também tivesse algum parentesco com o sumo sacerdote, apesar de ser um simples pescador da Galiléia.
v Portanto, tudo vem fortalecer o entendimento de que Maria e sua parentela, tinham sangue levita, e nesta hipótese, também tinham sangue judeu, em virtude do casamento de Arão com a judia Eliseba.
Entretanto, este é um lado da herança de sangue de Maria. Não sabemos se do lado paterno ou materno. Mas o que sabemos é suficiente para entendermos que Jesus tinha sangue judeu da parte de Maria, e era legalmente judeu da parte de José, cumprindo assim as profecias de que o Messias viria da tribo de Judá. Mas ao mesmo tempo, a herança genética de Arão dava-lhe o direito perante o Altíssimo, em virtude do rigor da sua palavra, de ser o nosso Sumo Sacerdote.
Contudo, tudo isto vinha apenas preencher as formalidades humanas, porque Jesus era superior a tudo, porquanto era o Filho de Deus, eterno, anterior a Maria (Jo 3.13; Hb 7.3); anterior a Davi (At 2.34,35); anterior a Abraão (Jo 8.58). E é por isto que o autor da Epístola aos Hebreus pôde dizer:
Hb 6.17 -"Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento;" .18 - "Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que minta, tenhamos a firma consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;"
.19 - "A qual temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu,"
.20 - "Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque"
Hb 7.l -"Porque este Melquisedeque, que era rei de Salem, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou;"
.2 - "À quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salem, que é rei de paz;"
.3 - "Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre."
Minha Fonte: www.adcandel.com.br
Estudo Sobre Maria - 3º Parte
A Semente da Mulher
Nascer da semente da mulher, significava que o Messias nasceria sem concepção de homem. E como prova disto era necessário que Ele fosse gerado no ventre de uma virgem (Is 7.14).
Mas a promessa dizia respeito a um reino mundial, que seria dado à descendência Davídica. Por isto era necessário também que a virgem fosse desposada com um descendente de Davi, uma vez que a descendência em Israel era transmitida pela casa paterna.
É por isto que, apesar de Jesus ter sido gerado no ventre de Maria, sem concepção de homem (Mt 1.18; Lc 1.35), contudo na genealogia traçada por Lucas, o nome de Maria não figura, mas sim, o nome de José (Lc 3.23).
Isto porque as linhagens eram traçadas pela descendência paterna, e embora ele não fosse o pai biológico, mas do ponto de vista jurídico, a filiação paterna de Jesus pertencia a José, que por escolha de Deus, era o marido de Maria (Mt 1.19-25; Lc 4.22; Jo l.45; 6.42).
E a importância disto está em que, sendo Jesus o filho primogênito do casal (Mt 1.25), e sendo José da tribo de Judá e de descendência Davídica (Lc 1.27; Mt 1.20), através dele Jesus tornava-se legalmente herdeiro do trono de Davi (Lc 1.32; Is 9.7; 2 Cr 21.3), podendo portanto ser consagrado Rei dos Judeus (Lc 1.33). (Esta foi a causa da sua condenação - Lc 23.2,3).
Portanto a Bíblia mostra que pelo casamento de Maria, Jesus tornou-se filho legítimo de José e consequentemente herdeiro do trono Davídico, ou o Messias prometido.
Já com relação à genealogia de Maria, a Bíblia não faz nenhuma declaração direta sobre o assunto. Sabemos que pelo casamento, ela pertencia à tribo de Judá, porque toda mulher ao casar adquiria o nome do marido, e passava a fazer parte da linhagem dele (Is 4.1; Rt 1.1,2; 2.1; 4.13-17).
Assim, sob o aspecto legal, Maria pertencia à linhagem de Davi, uma vez que era casada com um descendente Davídico. Isto está evidenciado em Lc 2.4,5, onde está declarado que José foi alistar-se em Belém porque era da casa e família de Davi (vs 4); e Maria foi alistar-se com ele, porque era sua mulher (vs 5).
Grande parte dos eruditos afirmam que Maria também era de descendência Davídica, porque em Rm 1.3 está escrito que Jesus "nasceu da descendência de Davi segundo a carne", e em At 2.30, Pedro relembra a promessa de Deus a Davi, que "do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono."
Entretanto, tais afirmativas eram sempre citadas para deixar claro que Jesus era o Messias prometido. E sob este aspecto, a primazia era dada a José, porque os judeus só reconheceriam a linhagem paterna para os efeitos da herança do trono.
Mesmo que saibamos que o Reino Messiânico será instituído por Deus, não podemos esquecer que Ele vela para cumprir com a sua Palavra (Jr 1.12), e a palavra profética dada a Israel, é que o Messias se sentaria no trono de Davi.
Desta maneira, ainda que Maria tenha sido descendente de Davi, este fato de nada valeria para tornar Jesus o Rei de Israel, pois a sucessão real era dada sempre pela linhagem paterna.
Isto pode ser observado na genealogia apresentada por Mateus (Mt 1.1-16). Ali, embora figurem os nomes de algumas mulheres, sendo duas delas de nações gentílicas, como o caso da moabita Rute, e da cananita Raabe (Mt 1.5), contudo os filhos delas gerados foram contados na tribo de Judá, e isto porque era considerada apenas a linhagem paterna para efeito de descendência.
Alguns eruditos sustentam que a genealogia de Jesus traçada por Lucas (Lc 3.23-38), refere-se à linhagem de Maria, que teria vindo do tronco de Natã, um dos filhos de Davi e de Bate-Seba. Afirmam eles que o Heli que é apresentado na referida genealogia, como sendo o pai de José, era na realidade o seu sogro, ou seja, o pai de Maria. Mas não há um só caso na Bíblia onde uma genealogia seja apresentada pela linhagem materna, uma vez que as genealogias apontam os cabeças de heranças, e estas são contadas nas linhagens paternas (veja Nm 27 1-11; 36.1-13).
Por sermos da mesma opinião, transcrevemos abaixo, um parecer sobre a matéria, publicado na Enciclopédia O. S. Boyer, 8ª Edição, págs. 290 e 29l, Ed. Vida, escrito por Lord Hervey, reconhecido como uma das maiores autoridades sobre genealogia:
"Ao examinar a genealogia de Mateus, para ver quando se rompeu a linha real de Judá, é claro que foi em Jeconias. Note-se, também, como o Senhor, pela boca de Jeremias, ordenou que esse rei fosse privado de filhos e que ninguém da sua semente se assentasse no trono de Davi, nem reinasse mais em Judá (Jr 22.30): Os homens depois de Jeconias, desprovidos de filhos, são os herdeiros mais próximos, como também os são em 1 Cr 3.17. Olhando novamente para as listas em Mateus e Lucas ficamos certos desta conclusão. Os dois nomes que seguem o de Jeconias, Salatiel e Zorobabel estão realmente transferidos da outra genealogia (de Lucas), na qual consta que o pai de Salatiel foi realmente Neri, da família de Natã. Torna-se certo, portanto, que Salatiel, da família de Natã, irmão de Salomão, se tornou herdeiro do trono de Davi quando falhou a linha de Salomão, na pessoa de Jeconias. Assim Salatiel e seus descendentes foram transferidos, como "filhos de Jeconias" para a táboa genealógica real, segundo a lei judaica . Vede Nm 17.8-ll. Depois as duas genealogias coincidem por duas, ou melhor, quatro gerações. Então aparecem seis nomes, em Mateus, que não se encontram em Lucas. A seguir as duas listas concordam no nome de Matã (Mt 1.15; Lc 3.24) a quem são atribuídos dois filhos diferentes, Jacó e Heli; mas somente um e o mesmo neto e herdeiro, José marido de Maria, o reputado pai de "Jesus, que se chama o Cristo." A súmula do assunto, então, é que Lucas dá a táboa genealógica de Jesus Cristo, como filho legal de José, segundo Seu nascimento. Mas Mateus dá a lista dos herdeiros ao trono."
Infere-se daí que a importância da filiação terrena de Jesus, não estava só em Maria, mas principalmente em seu esposo José, dado a sua descendência Davídica.
Maria reunia as qualidades que a qualificavam a ser a escolhida e agraciada por Deus, para que no seu ventre fosse gerado o Salvador do mundo, porque estava desposada com um descendente de Davi, e encontrava-se ainda no período que à luz do Direito Romano é chamado de esponsais, sendo portanto virgem.
Na Bíblia, a noiva era algumas vezes chamada de esposa, em virtude do noivado ser regido por um pacto realizado entre as duas casas envolvidas, cujo selo correspondia a um dote que o noivo dava previamente à família da noiva, como uma compensação pela entrega da filha no tempo determinado (ver Gn 24.53; 29.18-21).
Desta forma o noivado era insolúvel, e não se admitia traição por parte da noiva, sendo por isto que, apesar da Bíblia não estabelecer regras sobre noivados, estabelece contudo, sanções para violação à fidelidade devida pela noiva (Dt 22.23-27).
Esta prática era costume em todo oriente próximo. E era também regida pelo Direito Romano, que chamava o período de noivado, de "esponsais", sendo que durante este período, os noivos permaneciam nas casas dos seus pais e não era permitido contacto sexual entre ambos.
Assim, através de Maria, Deus cumprira a promessa feita no Éden, de que Ele nasceria da semente da mulher(Gn 3.15); cumprira a profecia dada por Isaías, de que nasceria de uma virgem (Is 7.14); e através do seu casamento com José, cumprira também a profecia dada por Jacó (Gn 49.10), e ratificada ao longo da história de Israel, de que Ele nasceria da tribo de Judá, da descendência de Davi (Sl 60.7; l08.8; Is 11.1; At 13.23).
Em Lc 1.46-55, vemos Maria glorificando ao Senhor, em agradecimento pela bem-aventurança de ter sido gerado no seu ventre o Salvador. Reconheceu que isto foi o cumprimento da promessa de Deus dada aos pais, por misericórdia demonstrada a Abraão e sua posteridade (Lc 1.54,55).
Portanto nenhum mérito especial havia da parte dela (Lc 1.48). Apenas Deus estava cumprindo a sua promessa dada a Israel, de quem ela era descendente, juntamente com toda nação (Lc 1.55). Tudo foi um ato da graça de Deus (Lc 1.28-30). E Graça quer dizer: favor imerecido (Ef 2.5-9).
De acordo com o que está escrito em Mt 1.25, Maria permaneceu virgem durante toda a sua gravidez.
Entretanto, pelo que está declarado em Lc 2.21-24, podemos entender que Jesus nasceu através de um parto normal, e tendo sido o filho primogênito, foi Ele quem, segundo a linguagem Bíblica, rompeu a madre (compare: Ex 13.15; Lv 12.1-8; Lc 2.21-24). E se com o parto rompeu-se a madre, rompeu-se consequentemente, o hímen também, terminando assim a virgindade de Maria.
E o resultado disto é que todos os quatro Evangelistas são unânimes em afirmar que José e Maria tiveram filhos (Mt 1.25; 12.46,47; 13.55,56; Mc 3.31,32; 6.3; Lc 8.19,20 Jo 2.12; 7.2-5; At 1.14; Gl 1.19). E esta era uma das causas porque os seus perseguidores não criam em Jesus: eles conheciam a sua família, conheciam seus pais e irmãos e irmãs, e por isto não aceitavam que Ele dissesse que veio dos céus (Mt 13.55,56; Jo 6.42).
Minha Fonte: www.adcandel.com.br
Nascer da semente da mulher, significava que o Messias nasceria sem concepção de homem. E como prova disto era necessário que Ele fosse gerado no ventre de uma virgem (Is 7.14).
Mas a promessa dizia respeito a um reino mundial, que seria dado à descendência Davídica. Por isto era necessário também que a virgem fosse desposada com um descendente de Davi, uma vez que a descendência em Israel era transmitida pela casa paterna.
É por isto que, apesar de Jesus ter sido gerado no ventre de Maria, sem concepção de homem (Mt 1.18; Lc 1.35), contudo na genealogia traçada por Lucas, o nome de Maria não figura, mas sim, o nome de José (Lc 3.23).
Isto porque as linhagens eram traçadas pela descendência paterna, e embora ele não fosse o pai biológico, mas do ponto de vista jurídico, a filiação paterna de Jesus pertencia a José, que por escolha de Deus, era o marido de Maria (Mt 1.19-25; Lc 4.22; Jo l.45; 6.42).
E a importância disto está em que, sendo Jesus o filho primogênito do casal (Mt 1.25), e sendo José da tribo de Judá e de descendência Davídica (Lc 1.27; Mt 1.20), através dele Jesus tornava-se legalmente herdeiro do trono de Davi (Lc 1.32; Is 9.7; 2 Cr 21.3), podendo portanto ser consagrado Rei dos Judeus (Lc 1.33). (Esta foi a causa da sua condenação - Lc 23.2,3).
Portanto a Bíblia mostra que pelo casamento de Maria, Jesus tornou-se filho legítimo de José e consequentemente herdeiro do trono Davídico, ou o Messias prometido.
Já com relação à genealogia de Maria, a Bíblia não faz nenhuma declaração direta sobre o assunto. Sabemos que pelo casamento, ela pertencia à tribo de Judá, porque toda mulher ao casar adquiria o nome do marido, e passava a fazer parte da linhagem dele (Is 4.1; Rt 1.1,2; 2.1; 4.13-17).
Assim, sob o aspecto legal, Maria pertencia à linhagem de Davi, uma vez que era casada com um descendente Davídico. Isto está evidenciado em Lc 2.4,5, onde está declarado que José foi alistar-se em Belém porque era da casa e família de Davi (vs 4); e Maria foi alistar-se com ele, porque era sua mulher (vs 5).
Grande parte dos eruditos afirmam que Maria também era de descendência Davídica, porque em Rm 1.3 está escrito que Jesus "nasceu da descendência de Davi segundo a carne", e em At 2.30, Pedro relembra a promessa de Deus a Davi, que "do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono."
Entretanto, tais afirmativas eram sempre citadas para deixar claro que Jesus era o Messias prometido. E sob este aspecto, a primazia era dada a José, porque os judeus só reconheceriam a linhagem paterna para os efeitos da herança do trono.
Mesmo que saibamos que o Reino Messiânico será instituído por Deus, não podemos esquecer que Ele vela para cumprir com a sua Palavra (Jr 1.12), e a palavra profética dada a Israel, é que o Messias se sentaria no trono de Davi.
Desta maneira, ainda que Maria tenha sido descendente de Davi, este fato de nada valeria para tornar Jesus o Rei de Israel, pois a sucessão real era dada sempre pela linhagem paterna.
Isto pode ser observado na genealogia apresentada por Mateus (Mt 1.1-16). Ali, embora figurem os nomes de algumas mulheres, sendo duas delas de nações gentílicas, como o caso da moabita Rute, e da cananita Raabe (Mt 1.5), contudo os filhos delas gerados foram contados na tribo de Judá, e isto porque era considerada apenas a linhagem paterna para efeito de descendência.
Alguns eruditos sustentam que a genealogia de Jesus traçada por Lucas (Lc 3.23-38), refere-se à linhagem de Maria, que teria vindo do tronco de Natã, um dos filhos de Davi e de Bate-Seba. Afirmam eles que o Heli que é apresentado na referida genealogia, como sendo o pai de José, era na realidade o seu sogro, ou seja, o pai de Maria. Mas não há um só caso na Bíblia onde uma genealogia seja apresentada pela linhagem materna, uma vez que as genealogias apontam os cabeças de heranças, e estas são contadas nas linhagens paternas (veja Nm 27 1-11; 36.1-13).
Por sermos da mesma opinião, transcrevemos abaixo, um parecer sobre a matéria, publicado na Enciclopédia O. S. Boyer, 8ª Edição, págs. 290 e 29l, Ed. Vida, escrito por Lord Hervey, reconhecido como uma das maiores autoridades sobre genealogia:
"Ao examinar a genealogia de Mateus, para ver quando se rompeu a linha real de Judá, é claro que foi em Jeconias. Note-se, também, como o Senhor, pela boca de Jeremias, ordenou que esse rei fosse privado de filhos e que ninguém da sua semente se assentasse no trono de Davi, nem reinasse mais em Judá (Jr 22.30): Os homens depois de Jeconias, desprovidos de filhos, são os herdeiros mais próximos, como também os são em 1 Cr 3.17. Olhando novamente para as listas em Mateus e Lucas ficamos certos desta conclusão. Os dois nomes que seguem o de Jeconias, Salatiel e Zorobabel estão realmente transferidos da outra genealogia (de Lucas), na qual consta que o pai de Salatiel foi realmente Neri, da família de Natã. Torna-se certo, portanto, que Salatiel, da família de Natã, irmão de Salomão, se tornou herdeiro do trono de Davi quando falhou a linha de Salomão, na pessoa de Jeconias. Assim Salatiel e seus descendentes foram transferidos, como "filhos de Jeconias" para a táboa genealógica real, segundo a lei judaica . Vede Nm 17.8-ll. Depois as duas genealogias coincidem por duas, ou melhor, quatro gerações. Então aparecem seis nomes, em Mateus, que não se encontram em Lucas. A seguir as duas listas concordam no nome de Matã (Mt 1.15; Lc 3.24) a quem são atribuídos dois filhos diferentes, Jacó e Heli; mas somente um e o mesmo neto e herdeiro, José marido de Maria, o reputado pai de "Jesus, que se chama o Cristo." A súmula do assunto, então, é que Lucas dá a táboa genealógica de Jesus Cristo, como filho legal de José, segundo Seu nascimento. Mas Mateus dá a lista dos herdeiros ao trono."
Infere-se daí que a importância da filiação terrena de Jesus, não estava só em Maria, mas principalmente em seu esposo José, dado a sua descendência Davídica.
Maria reunia as qualidades que a qualificavam a ser a escolhida e agraciada por Deus, para que no seu ventre fosse gerado o Salvador do mundo, porque estava desposada com um descendente de Davi, e encontrava-se ainda no período que à luz do Direito Romano é chamado de esponsais, sendo portanto virgem.
Na Bíblia, a noiva era algumas vezes chamada de esposa, em virtude do noivado ser regido por um pacto realizado entre as duas casas envolvidas, cujo selo correspondia a um dote que o noivo dava previamente à família da noiva, como uma compensação pela entrega da filha no tempo determinado (ver Gn 24.53; 29.18-21).
Desta forma o noivado era insolúvel, e não se admitia traição por parte da noiva, sendo por isto que, apesar da Bíblia não estabelecer regras sobre noivados, estabelece contudo, sanções para violação à fidelidade devida pela noiva (Dt 22.23-27).
Esta prática era costume em todo oriente próximo. E era também regida pelo Direito Romano, que chamava o período de noivado, de "esponsais", sendo que durante este período, os noivos permaneciam nas casas dos seus pais e não era permitido contacto sexual entre ambos.
Assim, através de Maria, Deus cumprira a promessa feita no Éden, de que Ele nasceria da semente da mulher(Gn 3.15); cumprira a profecia dada por Isaías, de que nasceria de uma virgem (Is 7.14); e através do seu casamento com José, cumprira também a profecia dada por Jacó (Gn 49.10), e ratificada ao longo da história de Israel, de que Ele nasceria da tribo de Judá, da descendência de Davi (Sl 60.7; l08.8; Is 11.1; At 13.23).
Em Lc 1.46-55, vemos Maria glorificando ao Senhor, em agradecimento pela bem-aventurança de ter sido gerado no seu ventre o Salvador. Reconheceu que isto foi o cumprimento da promessa de Deus dada aos pais, por misericórdia demonstrada a Abraão e sua posteridade (Lc 1.54,55).
Portanto nenhum mérito especial havia da parte dela (Lc 1.48). Apenas Deus estava cumprindo a sua promessa dada a Israel, de quem ela era descendente, juntamente com toda nação (Lc 1.55). Tudo foi um ato da graça de Deus (Lc 1.28-30). E Graça quer dizer: favor imerecido (Ef 2.5-9).
De acordo com o que está escrito em Mt 1.25, Maria permaneceu virgem durante toda a sua gravidez.
Entretanto, pelo que está declarado em Lc 2.21-24, podemos entender que Jesus nasceu através de um parto normal, e tendo sido o filho primogênito, foi Ele quem, segundo a linguagem Bíblica, rompeu a madre (compare: Ex 13.15; Lv 12.1-8; Lc 2.21-24). E se com o parto rompeu-se a madre, rompeu-se consequentemente, o hímen também, terminando assim a virgindade de Maria.
E o resultado disto é que todos os quatro Evangelistas são unânimes em afirmar que José e Maria tiveram filhos (Mt 1.25; 12.46,47; 13.55,56; Mc 3.31,32; 6.3; Lc 8.19,20 Jo 2.12; 7.2-5; At 1.14; Gl 1.19). E esta era uma das causas porque os seus perseguidores não criam em Jesus: eles conheciam a sua família, conheciam seus pais e irmãos e irmãs, e por isto não aceitavam que Ele dissesse que veio dos céus (Mt 13.55,56; Jo 6.42).
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Estudo Sobre Maria - 2º Parte
O Primeiro Milagre de Jesus Assinala a Primeira Manifestação da Glória de Deus Marcando sua Volta à Terra
Maria sabia que Jesus era o Messias.
O anúncio dado pelo anjo Gabriel e a forma milagrosa como ela engravidou, não lhe deixavam dúvida.
Também o regozijo de Isabel ao vê-la grávida, as manifestações de júbilo dos anjos no seu nascimento, os testemunhos de Simeão e Ana, dos magos, de João Batista, tudo eram evidências claras de que Ele realmente era o Ungido de Deus.
Passaram-se, entretanto, cerca de trinta anos, sem que nenhuma manifestação de poder houvesse acontecido da parte dele.
A primeira oportunidade para a manifestação da sua glória, surgiu durante umas bodas realizadas em Caná da Galiléia onde Maria e Jesus se encontravam como convidados (Jo 2.1,2).
Como no ministério terrestre de Jesus, nada pode ter acontecido por acaso, Deus escolheu exatamente uma festa de casamento para realizar o seu primeiro milagre, porque um casamento lembrava a aliança firmada entre Deus e Israel, cujas bases eram solidificadas num pacto de fidelidade mútua, à semelhança de um pacto nupcial.
Enquanto permanecia fiel à aliança feita com Deus, Israel era comparada a uma esposa, e Deus era o seu remidor (Is 43.l; compare com Rt 3.9; Ez 16.8), e a cumulava dos mais ricos presentes (Ez 16.7-14). Entretanto tais bênçãos estavam sempre vinculadas à estrita obediência à Lei (Ez 16.15-42).
O vinho era um dos símbolos de bênçãos (Dt 7.13; 11.14; Pv 3.9,10; Is 65.8; Dt 32.14), e a sua falta significava maldição (Dt 28.39; Is 24.5-11; Os 2.8-12; Sf 1.13), em virtude do concerto que Deus havia firmado com eles, quando ficou estabelecido que a bênção ou a maldição lhes seriam dadas, como recompensa pela obediência ou desobediência aos seus juízos.
A terra prometida era fértil (Nm 13.23,27), e com a bênção de Deus sobre ela, produziria frutos e vinho com abundância para Israel (Pv 3.9,10; Is 27.6).
No segundo ano do êxodo, quando encontravam-se a três dias de distância de Canaã, à mandado do Senhor, Moisés enviou espias para observarem a terra que iriam conquistar. Era o período das primícias das uvas (Nm 13.20), e eles trouxeram do fruto para o apresentar a Israel. E era tão grande o cacho de uva, que foi necessário dois homens para transportá-lo numa vara sobre os ombros (Nm 13.23).
Israel era a vinha que Deus plantara na terra (Is 5.7; 27.2-6), e Ele esperava que a sua vinha fosse fiel e produzisse justiça e juízo (Is 5.7).
O relato Bíblico nos faz entender que esta foi a causa porque Deus firmou concerto com Abraão, porque viu nele fidelidade, e viu também que ele haveria de ordenar a seus filhos e à sua casa para que guardassem o caminho do Senhor, e praticassem o Juízo e a Justiça (Gn 17.1,2; 18.17-20; Ne 9.7,8), que é o que Deus exige de todo homem, porque o Juízo e a Justiça são a base do seu trono (Sl 97.2), e a terra e a sua plenitude lhe pertencem (Sl 89.11).
Infelizmente, em todo o Velho Testamento encontramos notícias dos constantes desvios de Israel e dos insistentes apelos do Senhor para trazê-los de volta, através dos Profetas, que acusavam a nação de adultério e os chamavam de volta à prática da fidelidade a Deus.
Entretanto eles só voltavam quando se viam em grandes apertos e não encontravam socorro em nenhum outro, e aí reconheciam que só o Senhor poderia socorrê-los (Os 2.7).
Mas logo voltavam a serem infiéis, e acabaram invalidando a aliança com Deus. Israel acabou tornando-se uma vide estranha, uma planta degenerada (Is 1.21,22; Jr 2.21), pelo que o Senhor desceu sobre ela a maldição, expulsando os moradores da terra e tornando a terra em deserto (Is 5.5-7).
O muito prevaricar foi a causa deles terem sido enviados para o cativeiro e invalidado o concerto com o Senhor (Jr 9.12-16 e 31.32).
E aos que foram para o cativeiro, Deus lembrou-lhes através de Ezequiel, que a razão do castigo tinha sido os seus muitos adultérios ((Ez 16.32).
A ida para o cativeiro significou uma terrível perda para Israel, pois além dos reinos de Israel e Judá terem sido destruídos, o concerto entre eles e Deus foi invalidado, e a Glória de Deus retirou-se do meio deles (Lm 2.16), e consequentemente as bênçãos prometidas.
Mas pela sua fidelidade a Abraão, a Davi, e a Jerusalém, a cidade que elegeu para por nela o seu nome, o Senhor prometeu que enviaria o Messias para restaurar o reino (Zc 8.3) aos remanescentes de Israel (Is 6.5-9; 10.21,22; Rm 9.27).
Regressaram após setenta anos de cativeiro, mas continuaram sob o jugo estrangeiro, porque a promessa de restauração da vinha, ou seja, a restauração do reino, estava vinculada à vinda do Messias, que como um renovo (Jr 33.14-16; 23.5-8), faria um novo concerto com Israel e os edificaria como uma nova vinha (Jr 3l.31; Is 4.2-6), que daria vinho novo, purificado (Is 25.6-9; 27.2-6; Jr 31.1-40). Porque eles serão purificados de toda sua maldade (Jr 33.6-8). As nações opressoras serão julgadas, e eles governarão o mundo, e terão abundância de paz e de prosperidade (Jr 33.4-16; Ez 36.16-36; Is 4.2-6).
A restauração do reino significava o restabelecimento da aliança que havia sido firmada entre eles e Deus, no Monte Sinai, e o que é mais importante, significava também a volta da Glória de Deus (Is 40.5) para habitar em Jerusalém, quando Deus então estaria novamente desposando a Israel (Os 2.16,19,20).
Portanto, a restauração do reino significava um novo pacto e um novo casamento entre Israel e Deus, e é por isto que o primeiro milagre de Jesus foi realizado numa festa de casamento (Jo 2.1-11), onde Ele inaugurou o seu ministério, pois Ele era o noivo que Israel esperava (Mc 2.19,20; Os 2.19,20), o Messias prometido (Jo 4.25,26), o Filho Unigênito de Deus (Jo 1.18; Mt 3.17; Jo 14.8-10), e a expressa imagem da sua Glória (Jo 1.14; 2 Co 4.4).
Uma festa de casamento em Israel, durava em média sete dias. Durante este período de festejos, os convidados compareciam, uns após outros, sendo que, alguns entravam e saíam, novos chegavam, e outros permaneciam por mais tempo. E a todos, os noivos igualmente deveriam recepcionar, não podendo em hipótese alguma faltar o vinho, que era a bebida tradicional dos judeus, desde a conquista, porque era um dos principais produtos da terra.
Mas exatamente naquela festa em que Jesus se encontrava, o vinho faltou. Com certeza isto também não foi acidental. Deus queria que ficasse registrado para a posteridade, a condição de pobreza a que ficou submetido o povo de Israel, depois que lhes tiraram o reino e eles foram entregues ao jugo de sucessivas nações estrangeiras, que os despojaram ao longo dos séculos, sendo que tudo isto lhes acontecia porque eles haviam invalidado o seu concerto com Deus.
Mas eles criam na promessa do Messias, e o aguardavam para restaurar-lhes o reino e a prosperidade, já naquela época. Isto está demonstrado no fato de Maria ter comunicado a Jesus que faltou vinho. Ela sabia que Jesus era o Messias, e como o seu povo, ela também acreditava que seria naquela época a restauração do reino (At l.6, 14 ).
Isto denota a condição espiritual do povo, pois eles não haviam entendido as predições das Escrituras que revelavam que o Messias, antes de restaurar o reino, iria primeiramente padecer para realizar a obra expiatória para o perdão dos pecados (Dn 9.24-26; Is 53.1-12; Zc 12.10; 13.6; 3.8,9).
E o Senhor tinha consciência disto, quando respondeu a Maria que ainda não era chegada a sua hora, ou seja, ainda não era a época da restauração do reino, pois primeiro Ele teria que expiar os pecados do povo.
Mas isto Maria não compreendia, e por isto esperava dele a solução para o problema da falta do vinho, pois uma das promessas ligadas à restauração do reino, é que Israel transbordaria de gozo, e teria vinho com abundância (Is 25.6; 62.8; 65.21; Jl 2.19, 24; 3.17, 18; Am 9.13-15).
Entretanto, o Senhor fizera ver a Maria que a restauração do reino não seria um feito humano, mas o seu cumprimento seria realizado pelo próprio Deus, a quem Jesus estava transcendentemente unido em obediência, por laços filiais eternos, enquanto que, sua união filial com Maria, dizia respeito apenas ao corpo humano que o revestia, e nenhuma influência poderia ser exercida da parte dela, para a execução da obra que Jesus veio realizar.
Isto está claramente implícito na expressão de Jesus: "Mulher, que tenho eu contigo?" (Jo 2.4). Com esta expressão, o Senhor estava lembrando a Maria a diferença existente entre ambos, e as implicações que essa diferença trazia no relacionamento entre os dois, com relação à sua obra:
1º) Jesus é do céu (Jo 3.13, 31; 6.33,35,38, 51, 62);
Maria era da terra (Lc 1.28; Gl 4.4);
2º) Jesus é o Criador (Jo 1.3);
Maria era criatura (Ap 5.13);
3º) Jesus é o Senhor (Lc 1.43);
Maria era serva (Lc 1.38,48);
4º) Jesus é eterno (Jo 8.54-58);
Maria era mortal (Jo 6.58; 1 Co 15.21,22);
5º) Jesus é o Salvador (Lc 2.25-30);
Maria era carente de salvação (Lc 1.46,47);
6º) Jesus é o Filho Unigênito do Deus eterno (Lc 1.35; Mt 1.23; Jo 17.24);
Maria era apenas a mãe do homem Jesus (Lc 1.31,33);
7º) Como Filho do Deus eterno, Jesus era preexistente e imortal (Jo 1.1-4);
Como filho de Maria, Jesus estava vestido de um corpo humano, mortal (Hb 2.9, 14, 15; Mt 2.13);
8º) A filiação entre Jesus e o Pai eterno jamais terá fim (Jo 16.28; 13.3);
A filiação entre Jesus e Maria, findou com a morte (Jo 6.63; 19.26-28);
9º) Como Filho de Deus, Jesus tem todo poder nos céus e na terra (Mt 28.18);
Como filho de Maria nenhum poder Jesus teria (Jo 5.19, 30; 8.28; 12.49; 14.10);
10º)Jesus veio para realizar a obra Messiânica planejada pelo Pai (Lc 1.32, 33):
Maria estava entre os que aguardavam o Messias (Lc 1.54, 55);
11º)A Jesus tão somente cumpria realizar a vontade do Pai (Jo 4.32-34);
A Maria tão somente cumpria guardar todas estas coisas, conferindo-as no seu coração (Lc 2.19; 51; 1.66).
Entretanto, Jesus veio para ser uma bênção para toda família da terra, e nada o impedia de tirar o opróbrio dos noivos, suprindo a falta do vinho, e assim, Ele operou o seu primeiro milagre, transformando água em vinho, manifestando a sua Glória em Israel.
Mas isto não significava em absoluto o início do reino messiânico, porque ainda não havia chegado a sua hora, ou seja, Jesus ainda iria para o Calvário, porque na sua primeira vinda, Ele veio como a semente da mulher para esmagar a cabeça da serpente e conceder-nos a vitória eterna.
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Maria sabia que Jesus era o Messias.
O anúncio dado pelo anjo Gabriel e a forma milagrosa como ela engravidou, não lhe deixavam dúvida.
Também o regozijo de Isabel ao vê-la grávida, as manifestações de júbilo dos anjos no seu nascimento, os testemunhos de Simeão e Ana, dos magos, de João Batista, tudo eram evidências claras de que Ele realmente era o Ungido de Deus.
Passaram-se, entretanto, cerca de trinta anos, sem que nenhuma manifestação de poder houvesse acontecido da parte dele.
A primeira oportunidade para a manifestação da sua glória, surgiu durante umas bodas realizadas em Caná da Galiléia onde Maria e Jesus se encontravam como convidados (Jo 2.1,2).
Como no ministério terrestre de Jesus, nada pode ter acontecido por acaso, Deus escolheu exatamente uma festa de casamento para realizar o seu primeiro milagre, porque um casamento lembrava a aliança firmada entre Deus e Israel, cujas bases eram solidificadas num pacto de fidelidade mútua, à semelhança de um pacto nupcial.
Enquanto permanecia fiel à aliança feita com Deus, Israel era comparada a uma esposa, e Deus era o seu remidor (Is 43.l; compare com Rt 3.9; Ez 16.8), e a cumulava dos mais ricos presentes (Ez 16.7-14). Entretanto tais bênçãos estavam sempre vinculadas à estrita obediência à Lei (Ez 16.15-42).
O vinho era um dos símbolos de bênçãos (Dt 7.13; 11.14; Pv 3.9,10; Is 65.8; Dt 32.14), e a sua falta significava maldição (Dt 28.39; Is 24.5-11; Os 2.8-12; Sf 1.13), em virtude do concerto que Deus havia firmado com eles, quando ficou estabelecido que a bênção ou a maldição lhes seriam dadas, como recompensa pela obediência ou desobediência aos seus juízos.
A terra prometida era fértil (Nm 13.23,27), e com a bênção de Deus sobre ela, produziria frutos e vinho com abundância para Israel (Pv 3.9,10; Is 27.6).
No segundo ano do êxodo, quando encontravam-se a três dias de distância de Canaã, à mandado do Senhor, Moisés enviou espias para observarem a terra que iriam conquistar. Era o período das primícias das uvas (Nm 13.20), e eles trouxeram do fruto para o apresentar a Israel. E era tão grande o cacho de uva, que foi necessário dois homens para transportá-lo numa vara sobre os ombros (Nm 13.23).
Israel era a vinha que Deus plantara na terra (Is 5.7; 27.2-6), e Ele esperava que a sua vinha fosse fiel e produzisse justiça e juízo (Is 5.7).
O relato Bíblico nos faz entender que esta foi a causa porque Deus firmou concerto com Abraão, porque viu nele fidelidade, e viu também que ele haveria de ordenar a seus filhos e à sua casa para que guardassem o caminho do Senhor, e praticassem o Juízo e a Justiça (Gn 17.1,2; 18.17-20; Ne 9.7,8), que é o que Deus exige de todo homem, porque o Juízo e a Justiça são a base do seu trono (Sl 97.2), e a terra e a sua plenitude lhe pertencem (Sl 89.11).
Infelizmente, em todo o Velho Testamento encontramos notícias dos constantes desvios de Israel e dos insistentes apelos do Senhor para trazê-los de volta, através dos Profetas, que acusavam a nação de adultério e os chamavam de volta à prática da fidelidade a Deus.
Entretanto eles só voltavam quando se viam em grandes apertos e não encontravam socorro em nenhum outro, e aí reconheciam que só o Senhor poderia socorrê-los (Os 2.7).
Mas logo voltavam a serem infiéis, e acabaram invalidando a aliança com Deus. Israel acabou tornando-se uma vide estranha, uma planta degenerada (Is 1.21,22; Jr 2.21), pelo que o Senhor desceu sobre ela a maldição, expulsando os moradores da terra e tornando a terra em deserto (Is 5.5-7).
O muito prevaricar foi a causa deles terem sido enviados para o cativeiro e invalidado o concerto com o Senhor (Jr 9.12-16 e 31.32).
E aos que foram para o cativeiro, Deus lembrou-lhes através de Ezequiel, que a razão do castigo tinha sido os seus muitos adultérios ((Ez 16.32).
A ida para o cativeiro significou uma terrível perda para Israel, pois além dos reinos de Israel e Judá terem sido destruídos, o concerto entre eles e Deus foi invalidado, e a Glória de Deus retirou-se do meio deles (Lm 2.16), e consequentemente as bênçãos prometidas.
Mas pela sua fidelidade a Abraão, a Davi, e a Jerusalém, a cidade que elegeu para por nela o seu nome, o Senhor prometeu que enviaria o Messias para restaurar o reino (Zc 8.3) aos remanescentes de Israel (Is 6.5-9; 10.21,22; Rm 9.27).
Regressaram após setenta anos de cativeiro, mas continuaram sob o jugo estrangeiro, porque a promessa de restauração da vinha, ou seja, a restauração do reino, estava vinculada à vinda do Messias, que como um renovo (Jr 33.14-16; 23.5-8), faria um novo concerto com Israel e os edificaria como uma nova vinha (Jr 3l.31; Is 4.2-6), que daria vinho novo, purificado (Is 25.6-9; 27.2-6; Jr 31.1-40). Porque eles serão purificados de toda sua maldade (Jr 33.6-8). As nações opressoras serão julgadas, e eles governarão o mundo, e terão abundância de paz e de prosperidade (Jr 33.4-16; Ez 36.16-36; Is 4.2-6).
A restauração do reino significava o restabelecimento da aliança que havia sido firmada entre eles e Deus, no Monte Sinai, e o que é mais importante, significava também a volta da Glória de Deus (Is 40.5) para habitar em Jerusalém, quando Deus então estaria novamente desposando a Israel (Os 2.16,19,20).
Portanto, a restauração do reino significava um novo pacto e um novo casamento entre Israel e Deus, e é por isto que o primeiro milagre de Jesus foi realizado numa festa de casamento (Jo 2.1-11), onde Ele inaugurou o seu ministério, pois Ele era o noivo que Israel esperava (Mc 2.19,20; Os 2.19,20), o Messias prometido (Jo 4.25,26), o Filho Unigênito de Deus (Jo 1.18; Mt 3.17; Jo 14.8-10), e a expressa imagem da sua Glória (Jo 1.14; 2 Co 4.4).
Uma festa de casamento em Israel, durava em média sete dias. Durante este período de festejos, os convidados compareciam, uns após outros, sendo que, alguns entravam e saíam, novos chegavam, e outros permaneciam por mais tempo. E a todos, os noivos igualmente deveriam recepcionar, não podendo em hipótese alguma faltar o vinho, que era a bebida tradicional dos judeus, desde a conquista, porque era um dos principais produtos da terra.
Mas exatamente naquela festa em que Jesus se encontrava, o vinho faltou. Com certeza isto também não foi acidental. Deus queria que ficasse registrado para a posteridade, a condição de pobreza a que ficou submetido o povo de Israel, depois que lhes tiraram o reino e eles foram entregues ao jugo de sucessivas nações estrangeiras, que os despojaram ao longo dos séculos, sendo que tudo isto lhes acontecia porque eles haviam invalidado o seu concerto com Deus.
Mas eles criam na promessa do Messias, e o aguardavam para restaurar-lhes o reino e a prosperidade, já naquela época. Isto está demonstrado no fato de Maria ter comunicado a Jesus que faltou vinho. Ela sabia que Jesus era o Messias, e como o seu povo, ela também acreditava que seria naquela época a restauração do reino (At l.6, 14 ).
Isto denota a condição espiritual do povo, pois eles não haviam entendido as predições das Escrituras que revelavam que o Messias, antes de restaurar o reino, iria primeiramente padecer para realizar a obra expiatória para o perdão dos pecados (Dn 9.24-26; Is 53.1-12; Zc 12.10; 13.6; 3.8,9).
E o Senhor tinha consciência disto, quando respondeu a Maria que ainda não era chegada a sua hora, ou seja, ainda não era a época da restauração do reino, pois primeiro Ele teria que expiar os pecados do povo.
Mas isto Maria não compreendia, e por isto esperava dele a solução para o problema da falta do vinho, pois uma das promessas ligadas à restauração do reino, é que Israel transbordaria de gozo, e teria vinho com abundância (Is 25.6; 62.8; 65.21; Jl 2.19, 24; 3.17, 18; Am 9.13-15).
Entretanto, o Senhor fizera ver a Maria que a restauração do reino não seria um feito humano, mas o seu cumprimento seria realizado pelo próprio Deus, a quem Jesus estava transcendentemente unido em obediência, por laços filiais eternos, enquanto que, sua união filial com Maria, dizia respeito apenas ao corpo humano que o revestia, e nenhuma influência poderia ser exercida da parte dela, para a execução da obra que Jesus veio realizar.
Isto está claramente implícito na expressão de Jesus: "Mulher, que tenho eu contigo?" (Jo 2.4). Com esta expressão, o Senhor estava lembrando a Maria a diferença existente entre ambos, e as implicações que essa diferença trazia no relacionamento entre os dois, com relação à sua obra:
1º) Jesus é do céu (Jo 3.13, 31; 6.33,35,38, 51, 62);
Maria era da terra (Lc 1.28; Gl 4.4);
2º) Jesus é o Criador (Jo 1.3);
Maria era criatura (Ap 5.13);
3º) Jesus é o Senhor (Lc 1.43);
Maria era serva (Lc 1.38,48);
4º) Jesus é eterno (Jo 8.54-58);
Maria era mortal (Jo 6.58; 1 Co 15.21,22);
5º) Jesus é o Salvador (Lc 2.25-30);
Maria era carente de salvação (Lc 1.46,47);
6º) Jesus é o Filho Unigênito do Deus eterno (Lc 1.35; Mt 1.23; Jo 17.24);
Maria era apenas a mãe do homem Jesus (Lc 1.31,33);
7º) Como Filho do Deus eterno, Jesus era preexistente e imortal (Jo 1.1-4);
Como filho de Maria, Jesus estava vestido de um corpo humano, mortal (Hb 2.9, 14, 15; Mt 2.13);
8º) A filiação entre Jesus e o Pai eterno jamais terá fim (Jo 16.28; 13.3);
A filiação entre Jesus e Maria, findou com a morte (Jo 6.63; 19.26-28);
9º) Como Filho de Deus, Jesus tem todo poder nos céus e na terra (Mt 28.18);
Como filho de Maria nenhum poder Jesus teria (Jo 5.19, 30; 8.28; 12.49; 14.10);
10º)Jesus veio para realizar a obra Messiânica planejada pelo Pai (Lc 1.32, 33):
Maria estava entre os que aguardavam o Messias (Lc 1.54, 55);
11º)A Jesus tão somente cumpria realizar a vontade do Pai (Jo 4.32-34);
A Maria tão somente cumpria guardar todas estas coisas, conferindo-as no seu coração (Lc 2.19; 51; 1.66).
Entretanto, Jesus veio para ser uma bênção para toda família da terra, e nada o impedia de tirar o opróbrio dos noivos, suprindo a falta do vinho, e assim, Ele operou o seu primeiro milagre, transformando água em vinho, manifestando a sua Glória em Israel.
Mas isto não significava em absoluto o início do reino messiânico, porque ainda não havia chegado a sua hora, ou seja, Jesus ainda iria para o Calvário, porque na sua primeira vinda, Ele veio como a semente da mulher para esmagar a cabeça da serpente e conceder-nos a vitória eterna.
Minha Fonte: www.adcandel.com.br
Estudo Sobre Maria - 1º Parte
Os Registros da Bíblia sobre Maria
A Bíblia fala pouquíssimo sobre Maria.
E nas poucas vezes em que é citada, o teor das mensagens objetivam sempre prestar esclarecimentos sobre a pessoa bendita de Jesus. E ensinam que é a Ele que nós devemos conhecer, e é para Ele que devemos nos voltar.
Esta inclusive é a única mensagem que a própria Maria nos deixou, através do único testemunho que deu, e que está registrado no Evangelho segundo S. João:
Jo 2.5 - "Sua mãe disse aos serventes: " FAZEI TUDO QUANTO ELE VOS DISSER."
Maria só é mencionada no Novo Testamento, em aproximadamente quarenta versículos:
# 27 vezes, a mencionam apenas para relatar fatos sobre a geração, nascimento e infância de JESUS;
# 8 vezes, para mencionar a família de JESUS;
# 3 vezes, para narrar o primeiro milagre realizado por JESUS;
# 2 vezes, para esclarecer sobre o seu amparo após a morte de JESUS.
Portanto, as poucas menções que a Bíblia faz sobre Maria, estão diretamente relacionadas com a pessoa do Senhor Jesus.
Ele é quem é o personagem central da Bíblia, sendo mencionado nas páginas do Novo Testamento, cerca de 2.288 vezes, através dos títulos que evidenciam sua Divindade, sacrifício, ministérios que exerceu e exerce para nossa salvação, sua perfeita humanidade, morte vicária, soberania e sabedoria:
# 1.170 vezes Ele é chamado pelo seu nome JESUS, que no grego significa SALVADOR;
# 454 vezes Ele é chamado SENHOR;
# 58 vezes, chamado MESTRE;
# 318 vezes, chamada CRISTO, MESSIAS, ou UNGIDO DE DEUS;
# 23 vezes, chamado SALVADOR;
# 13 vezes, chamado SACERDOTE;
# 118 vezes, chamado FILHO DE DEUS;
# 11 vezes, chamado FILHO DE DAVI;
# 85 vezes, FILHO DE HOMEM;
# 32 vezes, CORDEIRO DE DEUS;
# 6 vezes, chamado MEDIADOR.
Fora dos Evangelhos, o nome de Maria só aparece uma única vez, no livro de Atos, juntamente com os nomes dos doze Apóstolos, e a menção a outros discípulos que os acompanhavam, inclusive os irmãos de Jesus (At 1.13,14). Ali está declarado que todos eles, após a ascensão de Jesus, ficaram juntos, morando no cenáculo em Jerusalém, onde perseveravam unânimes em oração, aguardando o derramamento do Espírito Santo, como o Senhor prometera (Lc 24.49; At 1.4).
Comparando At 1.4 com 2.1-4, podemos entender que Maria foi alcançada pela grande bênção da descida do Espírito Santo, ocorrida no dia de Pentecostes.
Também podemos entender que ela fez parte da Igreja primitiva (At 2.44).
Entretanto, apesar do batismo com o Espírito Santo, após o qual, muitos milagres foram operados através dos Apóstolos, a Bíblia não registra porém, um só milagre que haja sido operado através de Maria, ou qualquer discurso que haja feito, ou qualquer pronunciamento do Senhor em seu benefício, que venha denotar superioridade espiritual da sua parte com relação aos demais membros da Igreja.
as Epístolas, nenhuma vez o nome de Maria é mencionado.
O seu nome não aparece de forma alguma, nem mesmo sob a égide de mãe de Jesus, ao contrário, na Epístola aos Hebreus está escrito que Ele não tem pai, nem mãe, porquanto é eterno (Hb 7.3).
Isto porque as Epístolas foram escritas com a finalidade de doutrinar a Igreja e ensiná-la a viver em santificação e a adorar exclusivamente ao Senhor, pois segundo a Bíblia, Ele é o único digno de receber honra, glória, louvor e adoração (Ap 5.8-13). E neste particular, a Bíblia proíbe terminantemente aos fiéis de fazer qualquer adoração ou veneração a qualquer outro nome que não seja o nome excelso do Senhor Jesus.
AS PRIMEIRAS EVIDÊNCIAS DE QUE JESUS É O MESSIAS
A chegada do Messias foi revelada não só a Maria, José, Isabel e Zacarias, mas Deus cuidou que várias testemunhas tomassem conhecimento das boas- novas:
Assim, Mateus narra que Deus enviou uma estrela para guiar uns magos que vieram do oriente para adorá-lo (Mt 2.1,2).
Através dos magos, o rei Herodes, também tomou conhecimento e toda Jerusalém com ele (Mt 2.3), inclusive os Príncipes dos sacerdotes e os escribas (Mt 2.4-6). Prosseguindo os magos a sua viagem em busca do menino, a estrela guiou-os até a casa onde Ele se encontrava com a sua mãe. E a Bíblia diz que os magos ao verem Jesus, prostraram-se para adorá-lo (Mt 2.11).
Observe-se aqui que nenhum gesto de reverência à mãe do menino está registrada. A adoração foi prestada unicamente ao Salvador.
Lucas nos diz que o Anjo do Senhor anunciou a alguns pastores que estavam em vigília, pastoreando o rebanho (Lc 2.8-12), os quais viram também uma multidão de anjos que glorificavam a Deus pelo acontecimento (Lc 2 13-15).
Os pastores creram na mensagem, foram até Belém e ali confirmaram o que lhes tinha sido dito pelos anjos, pois encontraram Maria, José, e o menino deitado na manjedoura (Lc 2.15-16).
Assim, trataram também de divulgar o acontecimento a todos que os ouviam e todos se maravilhavam e glorificavam o nome do Senhor.
E Maria, por sua vez, sendo de origem humilde (a sua família não é sequer citada no cânon sagrado), e casada com um simples carpinteiro, ao ver aquela manifestação de júbilo em torno do menino, a Bíblia diz que ela guardava todas essas coisas conferindo-as em seu coração (Lc 2.17-20), ou seja, tudo aquilo servia para ela como sinal confirmatório de que o seu filho era verdadeiramente o Messias.
Outro sinal para Maria aconteceu quando o menino completou doze anos e foi com eles à Jerusalém, à festa da Páscoa (Lc 2.39-42).
Ao regressarem à Nazaré, Maria e José não perceberam que o menino não os acompanhara, pois eram muitos os que voltavam, e eram conhecidos, e vinham aos grupos pela estrada.
Só depois de um dia de viagem é que perceberam a sua ausência. Assim regressaram a Jerusalém, e três dias depois o encontraram no templo, assentado no meio dos doutores, que os ouviam e interrogavam, e se admiravam com a sua inteligência e respostas (Lc 2.43-47).
Ali, pela primeira vez, Jesus declara a supremacia da sua filiação com Deus: quando foi inquirido pela sua mãe, pela preocupação que lhes tinha dado, respondeu-lhe:
Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?" (Lc 2.49).
A Segunda vez em que esta supremacia é declarada, foi nas bodas de Caná da Galiléia, onde Jesus manifestou a sua Glória pela primeira vez em Israel. O registro encontra-se no Evangelho segundo S. João.
É interessante observar que o Apóstolo João não cita o nome de Maria, nenhuma vez, no Evangelho que escreveu. Nas três únicas narrativas em que é citada, ele a menciona apenas como a mãe de Jesus, sem nenhuma preocupação de dar a sua identificação pessoal (Jo 2.1,3,12; 6.42; 19.25-27).
Isto porque não era a pessoa dela que precisava ser divulgada, mas sim, era a pessoa de Jesus que precisava ser levada ao conhecimento de toda humanidade, para salvação, conforme o próprio João esclarece no final do seu Evangelho: Jo 20.31 - " Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome."
Esta é a mensagem central do Evangelho de João: apresentar Jesus como o Filho de Deus, o Cristo, o único que tem poder para ressuscitar mortos e conceder vida terna (Jo 6.38-40).
Este poder Ele recebeu do Pai celestial (Jo 10.11,15,17,18).
Tudo quanto fez, Ele o fez porque o Pai era com Ele.
Nada foi herdado da carne (Jo 3.31), mas veio de Deus que estava nele e fazia as obras, para a Glória do seu nome (Jo 10.30-38; 14.9-13).
Também nos seus discursos Ele falava o que o Pai mandava (Jo 48-50). Era o Verbo de Deus feito carne. E foi o seu lado Divino e a sua preexistência (Jo 1.1-3) que João evidenciou na biografia que escreveu.
Por esta razão, ele não dissertou sobre o seu nascimento e a sua genealogia, e assim não precisou identificar a sua mãe. A primeira vez que a menciona é na narrativa das bodas de Caná da Galiléia, onde Jesus operou o seu primeiro milagre.
Minha Fonte: www.adcandel.com.br
A Bíblia fala pouquíssimo sobre Maria.
E nas poucas vezes em que é citada, o teor das mensagens objetivam sempre prestar esclarecimentos sobre a pessoa bendita de Jesus. E ensinam que é a Ele que nós devemos conhecer, e é para Ele que devemos nos voltar.
Esta inclusive é a única mensagem que a própria Maria nos deixou, através do único testemunho que deu, e que está registrado no Evangelho segundo S. João:
Jo 2.5 - "Sua mãe disse aos serventes: " FAZEI TUDO QUANTO ELE VOS DISSER."
Maria só é mencionada no Novo Testamento, em aproximadamente quarenta versículos:
# 27 vezes, a mencionam apenas para relatar fatos sobre a geração, nascimento e infância de JESUS;
# 8 vezes, para mencionar a família de JESUS;
# 3 vezes, para narrar o primeiro milagre realizado por JESUS;
# 2 vezes, para esclarecer sobre o seu amparo após a morte de JESUS.
Portanto, as poucas menções que a Bíblia faz sobre Maria, estão diretamente relacionadas com a pessoa do Senhor Jesus.
Ele é quem é o personagem central da Bíblia, sendo mencionado nas páginas do Novo Testamento, cerca de 2.288 vezes, através dos títulos que evidenciam sua Divindade, sacrifício, ministérios que exerceu e exerce para nossa salvação, sua perfeita humanidade, morte vicária, soberania e sabedoria:
# 1.170 vezes Ele é chamado pelo seu nome JESUS, que no grego significa SALVADOR;
# 454 vezes Ele é chamado SENHOR;
# 58 vezes, chamado MESTRE;
# 318 vezes, chamada CRISTO, MESSIAS, ou UNGIDO DE DEUS;
# 23 vezes, chamado SALVADOR;
# 13 vezes, chamado SACERDOTE;
# 118 vezes, chamado FILHO DE DEUS;
# 11 vezes, chamado FILHO DE DAVI;
# 85 vezes, FILHO DE HOMEM;
# 32 vezes, CORDEIRO DE DEUS;
# 6 vezes, chamado MEDIADOR.
Fora dos Evangelhos, o nome de Maria só aparece uma única vez, no livro de Atos, juntamente com os nomes dos doze Apóstolos, e a menção a outros discípulos que os acompanhavam, inclusive os irmãos de Jesus (At 1.13,14). Ali está declarado que todos eles, após a ascensão de Jesus, ficaram juntos, morando no cenáculo em Jerusalém, onde perseveravam unânimes em oração, aguardando o derramamento do Espírito Santo, como o Senhor prometera (Lc 24.49; At 1.4).
Comparando At 1.4 com 2.1-4, podemos entender que Maria foi alcançada pela grande bênção da descida do Espírito Santo, ocorrida no dia de Pentecostes.
Também podemos entender que ela fez parte da Igreja primitiva (At 2.44).
Entretanto, apesar do batismo com o Espírito Santo, após o qual, muitos milagres foram operados através dos Apóstolos, a Bíblia não registra porém, um só milagre que haja sido operado através de Maria, ou qualquer discurso que haja feito, ou qualquer pronunciamento do Senhor em seu benefício, que venha denotar superioridade espiritual da sua parte com relação aos demais membros da Igreja.
as Epístolas, nenhuma vez o nome de Maria é mencionado.
O seu nome não aparece de forma alguma, nem mesmo sob a égide de mãe de Jesus, ao contrário, na Epístola aos Hebreus está escrito que Ele não tem pai, nem mãe, porquanto é eterno (Hb 7.3).
Isto porque as Epístolas foram escritas com a finalidade de doutrinar a Igreja e ensiná-la a viver em santificação e a adorar exclusivamente ao Senhor, pois segundo a Bíblia, Ele é o único digno de receber honra, glória, louvor e adoração (Ap 5.8-13). E neste particular, a Bíblia proíbe terminantemente aos fiéis de fazer qualquer adoração ou veneração a qualquer outro nome que não seja o nome excelso do Senhor Jesus.
AS PRIMEIRAS EVIDÊNCIAS DE QUE JESUS É O MESSIAS
A chegada do Messias foi revelada não só a Maria, José, Isabel e Zacarias, mas Deus cuidou que várias testemunhas tomassem conhecimento das boas- novas:
Assim, Mateus narra que Deus enviou uma estrela para guiar uns magos que vieram do oriente para adorá-lo (Mt 2.1,2).
Através dos magos, o rei Herodes, também tomou conhecimento e toda Jerusalém com ele (Mt 2.3), inclusive os Príncipes dos sacerdotes e os escribas (Mt 2.4-6). Prosseguindo os magos a sua viagem em busca do menino, a estrela guiou-os até a casa onde Ele se encontrava com a sua mãe. E a Bíblia diz que os magos ao verem Jesus, prostraram-se para adorá-lo (Mt 2.11).
Observe-se aqui que nenhum gesto de reverência à mãe do menino está registrada. A adoração foi prestada unicamente ao Salvador.
Lucas nos diz que o Anjo do Senhor anunciou a alguns pastores que estavam em vigília, pastoreando o rebanho (Lc 2.8-12), os quais viram também uma multidão de anjos que glorificavam a Deus pelo acontecimento (Lc 2 13-15).
Os pastores creram na mensagem, foram até Belém e ali confirmaram o que lhes tinha sido dito pelos anjos, pois encontraram Maria, José, e o menino deitado na manjedoura (Lc 2.15-16).
Assim, trataram também de divulgar o acontecimento a todos que os ouviam e todos se maravilhavam e glorificavam o nome do Senhor.
E Maria, por sua vez, sendo de origem humilde (a sua família não é sequer citada no cânon sagrado), e casada com um simples carpinteiro, ao ver aquela manifestação de júbilo em torno do menino, a Bíblia diz que ela guardava todas essas coisas conferindo-as em seu coração (Lc 2.17-20), ou seja, tudo aquilo servia para ela como sinal confirmatório de que o seu filho era verdadeiramente o Messias.
Outro sinal para Maria aconteceu quando o menino completou doze anos e foi com eles à Jerusalém, à festa da Páscoa (Lc 2.39-42).
Ao regressarem à Nazaré, Maria e José não perceberam que o menino não os acompanhara, pois eram muitos os que voltavam, e eram conhecidos, e vinham aos grupos pela estrada.
Só depois de um dia de viagem é que perceberam a sua ausência. Assim regressaram a Jerusalém, e três dias depois o encontraram no templo, assentado no meio dos doutores, que os ouviam e interrogavam, e se admiravam com a sua inteligência e respostas (Lc 2.43-47).
Ali, pela primeira vez, Jesus declara a supremacia da sua filiação com Deus: quando foi inquirido pela sua mãe, pela preocupação que lhes tinha dado, respondeu-lhe:
Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?" (Lc 2.49).
A Segunda vez em que esta supremacia é declarada, foi nas bodas de Caná da Galiléia, onde Jesus manifestou a sua Glória pela primeira vez em Israel. O registro encontra-se no Evangelho segundo S. João.
É interessante observar que o Apóstolo João não cita o nome de Maria, nenhuma vez, no Evangelho que escreveu. Nas três únicas narrativas em que é citada, ele a menciona apenas como a mãe de Jesus, sem nenhuma preocupação de dar a sua identificação pessoal (Jo 2.1,3,12; 6.42; 19.25-27).
Isto porque não era a pessoa dela que precisava ser divulgada, mas sim, era a pessoa de Jesus que precisava ser levada ao conhecimento de toda humanidade, para salvação, conforme o próprio João esclarece no final do seu Evangelho: Jo 20.31 - " Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome."
Esta é a mensagem central do Evangelho de João: apresentar Jesus como o Filho de Deus, o Cristo, o único que tem poder para ressuscitar mortos e conceder vida terna (Jo 6.38-40).
Este poder Ele recebeu do Pai celestial (Jo 10.11,15,17,18).
Tudo quanto fez, Ele o fez porque o Pai era com Ele.
Nada foi herdado da carne (Jo 3.31), mas veio de Deus que estava nele e fazia as obras, para a Glória do seu nome (Jo 10.30-38; 14.9-13).
Também nos seus discursos Ele falava o que o Pai mandava (Jo 48-50). Era o Verbo de Deus feito carne. E foi o seu lado Divino e a sua preexistência (Jo 1.1-3) que João evidenciou na biografia que escreveu.
Por esta razão, ele não dissertou sobre o seu nascimento e a sua genealogia, e assim não precisou identificar a sua mãe. A primeira vez que a menciona é na narrativa das bodas de Caná da Galiléia, onde Jesus operou o seu primeiro milagre.
Minha Fonte: www.adcandel.com.br
Estudo Sobre A Ceia do Senhor
Comunhão com Deus e com nossos Irmãos.
Quase todas as igrejas que proclamam seguir a Cristo observam a Ceia do Senhor. O pão e o fruto da videira são elementos comuns nas assembléias de adoração de vários grupos religiosos. Mas há diferenças no entendimento a respeito desta comemoração. Neste artigo, examinaremos o que a Bíblia ensina sobre a Ceia do Senhor para aprender como devemos participar dela hoje em dia.
A Primeira Ceia: O Exemplo de Jesus
Quatro textos registram os pormenores da primeira "Ceia do Senhor". Três destes relatos estão nos evangelhos (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:19-20) e o outro está em 1 Coríntios 11:23-26. Podemos aprender como Jesus e os apóstolos celebraram a ceia comparando estes relatos. Por favor, pare uns poucos minutos para ler cada uma destas quatro passagens, antes de continuar este estudo. Observe as minúcias:
O propósito: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11:26). A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2:1-2) em nossas mentes.
Os símbolos: Jesus usou dois símbolos para representar seu corpo e seu sangue. É claro que ele não ofereceu literalmente seu corpo (que ainda estava inteiro) nem seu sangue (que ainda estava correndo através de suas veias). Ele deu aos discípulos pão sem fermento para representar seu corpo e o fruto da videira (suco de uva) para representar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele não deixou dúvida sobre a relação deste sacrifício com nossa salvação: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mateus 26:28).
A ordem: Quando comparamos estes quatro relatos, podemos também ver a ordem na qual a ceia foi observada. Jesus primeiro orou para agradecer a Deus pelo pão e então todos o partilharam. Ele orou de novo para agradecer ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, ele chamou especial atenção para cada elemento da ceia.
A Ceia do Senhor na Igreja Primitiva
O livro de Atos e as cartas escritas às igrejas nos ajudam a aprender um pouco mais sobre a Ceia do Senhor. Os discípulos se reuniam no primeiro dia da semana para participarem da ceia (Atos 20:7). Esta ceia era entendida como um ato de comunhão com o Senhor (1 Coríntios 10:14-22). Era tomada quando toda a congregação se reunia, como um ato de fraternidade entre os irmãos (1 Coríntios 11:17-20). Cada cristão era obrigado a examinar-se para ter certeza de que estava participando da ceia de um modo digno (1 Coríntios 11:27-29).
Observações sobre a Ceia do Senhor
Ainda que o ensinamento da Bíblia sobre a Ceia do Senhor não seja complicado, muitas diferenças de entendimento apareceram depois do tempo do Novo Testamento. O único modo de sabermos que estamos seguindo o Senhor é estudar as instruções e imitar os exemplos que encontramos no Novo Testamento. Nunca estamos livres para ir além do que o Senhor revelou na Bíblia (veja Colossenses 3:17; 1 Coríntios 4:6 e 2 João 9). Consideremos o que a Bíblia diz em resposta a algumas questões sobre a Ceia do Senhor.
Porque pão sem fermento? Jesus instituiu a ceia do Senhor durante os dias judaicos dos pães asmos, uma festa anual na qual somente pão sem fermento era permitido entre os judeus (veja Lucas 22:15; Êxodo 12:18-21). Podemos apreciar mais claramente o significado do pão sem fermento quando consideramos o significado simbólico do fermento na Bíblia. Não era permitido fermento nos sacrifícios oferecidos a Deus, no Velho Testamento (Levítico 2:11). A idéia de impureza ou pecado é claramente associada com fermento em vários textos. Por exemplo, Jesus usou fermento para falar simbolicamente de falsas doutrinas (Mateus 16:11-12). Paulo usou fermento para representar falsa doutrina e corrupção moral (Gálatas 5:7-9,13,16; 1 Coríntios 5:6-9). É plenamente adequado, então, que o sacrifico perfeito e sem pecado do próprio Filho de Deus seja representado por pão sem fermento: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebramos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:7-8).
Quando devemos observar a Ceia do Senhor? Jesus mostrou aos seus discípulos como participar deste memorial, mas não especificou quando. Aprendemos quando os primeiros cristãos observaram a ceia pelo exemplo dos discípulos em Trôade: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão. . ." (Atos 20:7). Quando seguimos este exemplo e participamos da Ceia do Senhor todos os domingos, relembramos freqüentemente o sacrifício que Jesus fez por causa de nossos pecados. Quando meditamos sobre o Salvador sofredor no domingo, é mais fácil resistir a tentações durante o resto da semana. Quando entendemos o alto preço que Jesus pagou por nossos pecados, esforçamo-nos para evitar qualquer coisa que possa magoá-lo e tornar vão seu sacrifício (veja Hebreus 10:24-31).
Onde devemos participar da Ceia? A Ceia do Senhor é um ato de comunhão entre cada cristão e o Senhor, e é também um ato de comunhão entre cristãos. Em Atos 20:7, os discípulos se reuniam para partir o pão. 1 Coríntios 11:20-22 distingue entre a Ceia do Senhor, que era o propósito de sua reunião como uma congregação, e as refeições comuns, que eram tomadas nas casas de cristãos. Não encontramos nenhuma autoridade na Bíblia para participar da Ceia do Senhor a sós ou fora da assembléia da igreja.
Quem tem o direito de tomar a Ceia do Senhor? A Ceia do Senhor é um ato espiritual partilhado pelo Senhor com aqueles que estão em fraternidade com ele. Jesus não ofereceu o pão e o cálice a todos, mas aos seus discípulos (Mateus 26:26). Aqueles que estão servindo ao Diabo não têm o direito de partilhar desta refeição com o Senhor (1 Coríntios 10:16-22). João conta-nos que somos aptos a participar com Deus na comunhão espiritual somente se andarmos na luz do seu caminho: "Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 João 1:5-7). Somente aqueles que já foram batizados para a remissão dos pecados para entrar no corpo de Cristo devem participar da Ceia do Senhor (Atos 2:38; Gálatas 3:26-28).
O que significa participar "indignamente"? Cada um que participa da Ceia do Senhor deverá examinar-se para estar certo de que está participando de maneira correta, discernindo o verdadeiro significado do memorial. "Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim, coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si" (1 Coríntios 11:27-29). A palavra "indignamente" é freqüentemente mal entendida. Ela não descreve a dignidade da pessoa (ninguém é verdadeiramente digno de comunhão com Cristo). Esta palavra descreve o modo de participar. A pessoa que não leva a sério esta comemoração está brincando com o sacrifício de Cristo e está se condenando por não discernir o corpo de Cristo. Por esta razão, devemos ser muito cuidadosos cada vez que participarmos da Ceia do Senhor. É imperativo que esqueçamos as preocupações mundanas e prestemos atenção exclusivamente à morte de Cristo. Se tratarmos a Ceia do Senhor como um mero ritual, ou se a tomarmos levianamente e deixarmos de meditar no seu significado, condenamo-nos diante de Deus.
A Ceia do Senhor: Passado, Presente e Futuro
Os discípulos de Cristo são privilegiados ao participarem com ele todas as semanas da Ceia do Senhor. Deste modo, ligamos o passado, o presente e o futuro.
Passado: Olhamos para trás, para o sacrifício que Jesus fez na cruz. Entendemos isto como sendo o fundamento e o centro de nossa salvação.
Presente: Quando meditamos no terrível preço que Jesus pagou para nos redimir de nosso pecado, nossa decisão de resistir à tentação é fortalecida.
Futuro: Entendemos que a morte de Jesus é a base de nossa esperança, e assim proclamamos nossa fé nele quando olhamos em frente para a volta do Senhor e para nossa salvação eterna.
Não podemos esquecer nunca o dia negro no Calvário em que Jesus deu sua vida para salvar a nossa.
por Dennis Allan
Quase todas as igrejas que proclamam seguir a Cristo observam a Ceia do Senhor. O pão e o fruto da videira são elementos comuns nas assembléias de adoração de vários grupos religiosos. Mas há diferenças no entendimento a respeito desta comemoração. Neste artigo, examinaremos o que a Bíblia ensina sobre a Ceia do Senhor para aprender como devemos participar dela hoje em dia.
A Primeira Ceia: O Exemplo de Jesus
Quatro textos registram os pormenores da primeira "Ceia do Senhor". Três destes relatos estão nos evangelhos (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:19-20) e o outro está em 1 Coríntios 11:23-26. Podemos aprender como Jesus e os apóstolos celebraram a ceia comparando estes relatos. Por favor, pare uns poucos minutos para ler cada uma destas quatro passagens, antes de continuar este estudo. Observe as minúcias:
O propósito: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11:26). A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2:1-2) em nossas mentes.
Os símbolos: Jesus usou dois símbolos para representar seu corpo e seu sangue. É claro que ele não ofereceu literalmente seu corpo (que ainda estava inteiro) nem seu sangue (que ainda estava correndo através de suas veias). Ele deu aos discípulos pão sem fermento para representar seu corpo e o fruto da videira (suco de uva) para representar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele não deixou dúvida sobre a relação deste sacrifício com nossa salvação: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mateus 26:28).
A ordem: Quando comparamos estes quatro relatos, podemos também ver a ordem na qual a ceia foi observada. Jesus primeiro orou para agradecer a Deus pelo pão e então todos o partilharam. Ele orou de novo para agradecer ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, ele chamou especial atenção para cada elemento da ceia.
A Ceia do Senhor na Igreja Primitiva
O livro de Atos e as cartas escritas às igrejas nos ajudam a aprender um pouco mais sobre a Ceia do Senhor. Os discípulos se reuniam no primeiro dia da semana para participarem da ceia (Atos 20:7). Esta ceia era entendida como um ato de comunhão com o Senhor (1 Coríntios 10:14-22). Era tomada quando toda a congregação se reunia, como um ato de fraternidade entre os irmãos (1 Coríntios 11:17-20). Cada cristão era obrigado a examinar-se para ter certeza de que estava participando da ceia de um modo digno (1 Coríntios 11:27-29).
Observações sobre a Ceia do Senhor
Ainda que o ensinamento da Bíblia sobre a Ceia do Senhor não seja complicado, muitas diferenças de entendimento apareceram depois do tempo do Novo Testamento. O único modo de sabermos que estamos seguindo o Senhor é estudar as instruções e imitar os exemplos que encontramos no Novo Testamento. Nunca estamos livres para ir além do que o Senhor revelou na Bíblia (veja Colossenses 3:17; 1 Coríntios 4:6 e 2 João 9). Consideremos o que a Bíblia diz em resposta a algumas questões sobre a Ceia do Senhor.
Porque pão sem fermento? Jesus instituiu a ceia do Senhor durante os dias judaicos dos pães asmos, uma festa anual na qual somente pão sem fermento era permitido entre os judeus (veja Lucas 22:15; Êxodo 12:18-21). Podemos apreciar mais claramente o significado do pão sem fermento quando consideramos o significado simbólico do fermento na Bíblia. Não era permitido fermento nos sacrifícios oferecidos a Deus, no Velho Testamento (Levítico 2:11). A idéia de impureza ou pecado é claramente associada com fermento em vários textos. Por exemplo, Jesus usou fermento para falar simbolicamente de falsas doutrinas (Mateus 16:11-12). Paulo usou fermento para representar falsa doutrina e corrupção moral (Gálatas 5:7-9,13,16; 1 Coríntios 5:6-9). É plenamente adequado, então, que o sacrifico perfeito e sem pecado do próprio Filho de Deus seja representado por pão sem fermento: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebramos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:7-8).
Quando devemos observar a Ceia do Senhor? Jesus mostrou aos seus discípulos como participar deste memorial, mas não especificou quando. Aprendemos quando os primeiros cristãos observaram a ceia pelo exemplo dos discípulos em Trôade: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão. . ." (Atos 20:7). Quando seguimos este exemplo e participamos da Ceia do Senhor todos os domingos, relembramos freqüentemente o sacrifício que Jesus fez por causa de nossos pecados. Quando meditamos sobre o Salvador sofredor no domingo, é mais fácil resistir a tentações durante o resto da semana. Quando entendemos o alto preço que Jesus pagou por nossos pecados, esforçamo-nos para evitar qualquer coisa que possa magoá-lo e tornar vão seu sacrifício (veja Hebreus 10:24-31).
Onde devemos participar da Ceia? A Ceia do Senhor é um ato de comunhão entre cada cristão e o Senhor, e é também um ato de comunhão entre cristãos. Em Atos 20:7, os discípulos se reuniam para partir o pão. 1 Coríntios 11:20-22 distingue entre a Ceia do Senhor, que era o propósito de sua reunião como uma congregação, e as refeições comuns, que eram tomadas nas casas de cristãos. Não encontramos nenhuma autoridade na Bíblia para participar da Ceia do Senhor a sós ou fora da assembléia da igreja.
Quem tem o direito de tomar a Ceia do Senhor? A Ceia do Senhor é um ato espiritual partilhado pelo Senhor com aqueles que estão em fraternidade com ele. Jesus não ofereceu o pão e o cálice a todos, mas aos seus discípulos (Mateus 26:26). Aqueles que estão servindo ao Diabo não têm o direito de partilhar desta refeição com o Senhor (1 Coríntios 10:16-22). João conta-nos que somos aptos a participar com Deus na comunhão espiritual somente se andarmos na luz do seu caminho: "Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 João 1:5-7). Somente aqueles que já foram batizados para a remissão dos pecados para entrar no corpo de Cristo devem participar da Ceia do Senhor (Atos 2:38; Gálatas 3:26-28).
O que significa participar "indignamente"? Cada um que participa da Ceia do Senhor deverá examinar-se para estar certo de que está participando de maneira correta, discernindo o verdadeiro significado do memorial. "Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim, coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si" (1 Coríntios 11:27-29). A palavra "indignamente" é freqüentemente mal entendida. Ela não descreve a dignidade da pessoa (ninguém é verdadeiramente digno de comunhão com Cristo). Esta palavra descreve o modo de participar. A pessoa que não leva a sério esta comemoração está brincando com o sacrifício de Cristo e está se condenando por não discernir o corpo de Cristo. Por esta razão, devemos ser muito cuidadosos cada vez que participarmos da Ceia do Senhor. É imperativo que esqueçamos as preocupações mundanas e prestemos atenção exclusivamente à morte de Cristo. Se tratarmos a Ceia do Senhor como um mero ritual, ou se a tomarmos levianamente e deixarmos de meditar no seu significado, condenamo-nos diante de Deus.
A Ceia do Senhor: Passado, Presente e Futuro
Os discípulos de Cristo são privilegiados ao participarem com ele todas as semanas da Ceia do Senhor. Deste modo, ligamos o passado, o presente e o futuro.
Passado: Olhamos para trás, para o sacrifício que Jesus fez na cruz. Entendemos isto como sendo o fundamento e o centro de nossa salvação.
Presente: Quando meditamos no terrível preço que Jesus pagou para nos redimir de nosso pecado, nossa decisão de resistir à tentação é fortalecida.
Futuro: Entendemos que a morte de Jesus é a base de nossa esperança, e assim proclamamos nossa fé nele quando olhamos em frente para a volta do Senhor e para nossa salvação eterna.
Não podemos esquecer nunca o dia negro no Calvário em que Jesus deu sua vida para salvar a nossa.
por Dennis Allan
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